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Donald Trump é escolhido pela revista Time como Pessoa do Ano de 2024

Donald Trump é eleito Pessoa do Ano de 2024 pela revista Time. Conheça os detalhes dessa escolha e seu impacto na política.

Donald Trump é escolhido pela revista Time como Pessoa do Ano de 2024 Donald Trump é escolhido pela revista Time como Pessoa do Ano de 2024 Donald Trump é escolhido pela revista Time como Pessoa do Ano de 2024 Donald Trump é escolhido pela revista Time como Pessoa do Ano de 2024
Quase dois meses após ser eleito pela segunda vez, Donald Trump tornou-se o primeiro presidente e primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a ser sentenciado por um crime.
Quase dois meses após ser eleito pela segunda vez, Donald Trump tornou-se o primeiro presidente e primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a ser sentenciado por um crime.

A revista Time escolheu nesta quinta-feira (12) Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, como Pessoa do Ano de 2024. A publicação escolhe todos os anos alguém que tenha se destacado, seja positiva ou negativamente.

Esta é a segunda vez que Trump é reconhecido como a personalidade do ano pela revista. Ele havia recebido o título em 2016 quando também ganhou as eleições daquele ano. Com histórico volátil em relação ao veículo, três anos antes, em 2013, o republicano zombou da lista e afirmou que se trata da “proeza de uma revista que em breve estará morta”.

A escolha deste ano resultou do que a revista chamou de um impressionante retorno político ao listar os candidatos ao título. Segundo a Time, sua vitória na eleição presidencial é histórica em diversos aspectos. Isso porque Trump será o presidente mais velho dos Estados Unidos e a primeira pessoa condenada a ser eleita para comandar a Casa Branca.

O republicano foi condenado por 34 acusações de fraude no caso em que teria comprado o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels. Trump conseguiu a vitória este ano não só no Colégio Eleitoral, mas também no voto popular, e conquistou maioria para o seu partido na Câmara e no Senado.

Seu retorno ocorre após uma saída tumultuada do poder, em 2021, quando ele se recusou a reconhecer a derrota para Joe Biden. O discurso de Trump com acusações de fraude no pleito de 2020 culminou na invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, que terminou com ao menos cinco mortes.

O republicano também enfrentou dois processos de impeachment e foi alvo de uma série de ações na Justiça, inclusive por ter tentado reverter o resultado das eleições. Parte das ações está sendo arquivada depois de ele ter sido eleito.

O editor-chefe da publicação, Sam Jacobs, escreveu em sua carta aos leitores que o presidente eleito organizou um “retorno de proporções históricas”. Justificou a escolha também dizendo que ele promoveu um “realinhamento político” único em uma geração.

“Desde que começou a se candidatar à Presidência em 2015, talvez nenhum indivíduo tenha desempenhado um papel maior em mudar o curso da política e da história do que Trump”, escreveu Jacobs. “Se aquele momento marcou o nadir de Trump, hoje estamos testemunhando sua apoteose”, afirmou o editor, citando a derrota do republicano em 2020.

Nesta quinta, o presidente eleito tocou o sino da Bolsa de Valores de Nova York, uma tradição para anunciar a escolha da revista. Ao ser laureado, disse, ao lado da esposa, Melania Trump, que é uma honra receber o título.

O republicano deu em novembro uma entrevista à revista, publicada nesta edição, em que ele fala sobre os planos à frente da Casa Branca. Trump chamou o período de campanha de “72 dias de fúria”.

“Não houve dias de folga. Não houve intervalos”, disse. Também descreveu a crise de imigração nas fronteiras como o grande fator que contribuiu para a sua eleição. Afirmou ainda que pretende perdoar invasores do Capitólio, mas que analisará “caso a caso” para decidir sobre a anistia. E manteve a promessa de usar militares para levar adiante seu plano de deportação em massa de imigrantes.

Trump é o quarto presidente americano que recebe o título pela segunda vez, depois de Barack Obama, George W. Bush, e Bill Clinton. Já o ex-presidente Franklin D. Roosevelt recebeu o título três vezes.

Outros nove nomes haviam sido divulgados pela Time como candidatos ao título deste ano: a vice-presidente Kamala Harris; a princesa de Gales e esposa do príncipe William, do Reino Unido, Kate Middleton; o bilionário Elon Musk; a viúva do opositor russo Alexei Navalni, Iulia Navalnaia; o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu; o presidente do FED, o banco central americano, Jerome Powell; podcaster e guru da direita americana, Joe Rogan; a presidente do México, Claudia Sheinbaum; e do dono da Meta, Mark Zuckerberg.

Em 2023, o título foi dado à cantora Taylor Swift, que fez campanha para Kamala Harris, adversária de Trump. Em 2022, o veículo escolheu o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. O que a publicação chamou de “espírito da Ucrânia” também recebeu as honras, um aceno à resiliência do país invadido pela Rússia. No ano anterior, o título foi concedido a Elon Musk, hoje fiel escudeiro de Trump.

OS ÚLTIMOS ESCOLHIDOS PARA PESSOA DO ANO DA TIME
2024: Donald Trump
2023: Taylor Swift
2022: Volodimir Zelenski
2021: Elon Musk
2020: Joe Biden e Kamala Harris
2019: Greta Thunberg
2018: ‘Os guardiões’ (jornalistas perseguidos)
2017: Movimento contra o assédio
2016: Donald Trump
2015: Angela Merkel
2014: Equipes que combateram o vírus ebola
2013: Papa Francisco
2012: Barack Obama
2011: ‘O manifestante’ (pessoas que protestaram contra líderes autoritários, como na Primavera Árabe)
2010: Mark Zuckerberg

JULIA CHAIB/WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS)

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.