ZONAS DE RISCO

Descubra quais são as áreas sujeitas a alagamentos em Belém

Conheça o Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém e como ele está identificando as áreas sujeitas a alagamentos, inundações e erosões.

Plano apresenta primeiros resultados de mapeamento participativo das áreas de risco em Belém
Plano apresenta primeiros resultados de mapeamento participativo das áreas de risco em Belém. Foto: Antonio Melo

Quais são as principais áreas sujeitas a alagamentos, inundações e erosões no município de Belém? Diagnosticar e mapear essas áreas, contando com a participação popular é o objetivo principal do  Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém (PMRR). Ao longo ano estão sendo desenvolvidos 20 PMRRs em todo o Brasil, com coordenação geral do Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Periferias, Departamento de Mitigação e Prevenção de Riscos em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, Defesa Civil e universidades de todo o Brasil. Em Belém o projeto é coordenado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

Com objetivo de apresentar os primeiros resultados obtidos durante o mapeamento participativo feito com o apoio da comunidade, será realizado nesta quinta-feira (11), na Ufra, o II Encontro sobre o Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém (PMRR-Belém).

O evento vai ocorrer das 09h às 12h e das 14h às 18h, no auditório do Pavilhão de Salas de aula da universidade. A programação inclui palestras com os pesquisadores e representantes das instituições envolvidas, apresentação de resultados e devolutiva para a comunidade. No evento também serão lançadas três cartilhas, contendo os resultados, um glossário e uma cartilha de prevenção à inundação.

O mapeamento ocorreu de forma participativa durante 13 oficinas entre a equipe do projeto e moradores dos bairros do Jurunas, Condor, Terra Firme, Guamá, Marco, Curió-Utinga, Telégrafo, Canudos, Icoaraci, Bengui, Cabanagem, ilha do Combu, Outeiro, Mosqueiro. “Nós priorizamos territórios periféricos com problemas de inundação, onde pudéssemos contar com as lideranças comunitárias e tivéssemos apoio logístico das Usinas da Paz”, explica a coordenadora do plano em Belém, professora Milena Andrade, que também coordena o Grupo de Pesquisa e Extensão em Desastres e Geotecnologia na Amazônia (Geodesastres). 

Durante a reunião serão apresentados os primeiros resultados sobre impactos, ameaças e vulnerabilidades apontadas pelos moradores dos bairros mapeados. As equipes foram aos bairros, escutaram, sistematizaram e mapearam os principais problemas relatados pelas comunidades. “Os moradores relataram como principais queixas a falta de manutenção nas obras existentes, ausência de educação ambiental, criminalidade, danos materiais”, disse a professora Milena Andrade.

O desenvolvimento do PMRR está previsto para execução durante de 18 meses a contar de março de 2024. Essa é a segunda fase do projeto. As próximas etapas incluem o planejamento técnico que pode indicar medidas de controle e prevenção para as áreas de risco na cidade. No documento final do PMRR-Belém o objetivo é propor medidas estruturais, priorizando Soluções Baseadas na Natureza, e, medidas não-estruturais, tais como indicações de atividades de educação ambiental.

Programação:

09h às 11h30: Palestras com representantes da prefeitura de Belém e de lideranças comunitárias, acadêmicos, professores da Universidade Federal Rural da Amazônia e da coordenação do Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém.

12h: Abertura da exposição fotográfica “Águas de rios e os riscos da cidade” e lançamento das cartilhas “Participação social no PMRR Belém: resultados e reflexões”, “Glossário para Redução de Riscos e Desastres” e “Ondas de Rio: Cartilha de Prevenção à inundação”.

14h às 18h: Devolutiva dos mapeamentos participativos dos bairros do Jurunas, Condor, Terra Firme, Guamá, Marco, Curió-Utinga, Telégrafo, Canudos, Icoaraci, Bengui, Cabanagem, ilha do Combu, Outeiro, Mosqueiro.

Fonte: Ufra