VÍRUS CIRCULANDO

Sespa divulga medidas de prevenção à febre do Oropouche

Alerta! Circulação do vírus Oropouche no Pará. Saiba como a prevenção é essencial para diagnóstico precoce da febre de Oropouche.

OFERECIMENTO

Hospital HSM Acessar site
Sespa divulga medidas de prevenção à febre do Oropouche Sespa divulga medidas de prevenção à febre do Oropouche Sespa divulga medidas de prevenção à febre do Oropouche Sespa divulga medidas de prevenção à febre do Oropouche
Na área urbana, o OROV é transmitido pelo maruim e carapanã, causando principalmente febre aguda, dores na cabeça, articulações e músculos, e fotofobia
Na área urbana, o OROV é transmitido pelo maruim e carapanã, causando principalmente febre aguda, dores na cabeça, articulações e músculos, e fotofobia

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) alerta sobre a circulação do vírus Oropouche (OROV) no Pará, juntamente com outros arbovírus. O vírus continua sendo uma preocupação de saúde pública, e é essencial que a população esteja atenta às medidas de prevenção, sinais e sintomas para diagnóstico precoce da febre de Oropouche.

O que é o vírus Oropouche (OROV)?

O Oropouche é um arbovírus que circula principalmente na América Central (Panamá e Trinidad e Tobago) e na América do Sul (Brasil e Peru). Desde sua descoberta nos anos 1960, o OROV já causou mais de 30 epidemias e afetou mais de meio milhão de pessoas, com a maioria dos casos registrados no Brasil.

O Pará e a Circulação do Oropouche

O estado do Pará apresenta um dos maiores índices de incidência do OROV, com o vírus identificado em 52 dos 144 municípios. Em 2024, o estado registrou 108 casos confirmados da febre de Oropouche, o que destaca a importância da vigilância e prevenção contínuas.

Como ocorre a transmissão da febre de Oropouche?

A principal forma de transmissão do Oropouche é através do mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim, no ciclo urbano. Outros mosquitos, como o Culex quinquefasciatus (carapanã comum), também podem ser vetores do vírus.

No ciclo silvestre, diversos mosquitos do gênero Culicoides e espécies como Coquillettidia venezuelensis e Ae. Serratus, juntamente com seus hospedeiros vertebrados (humanos, aves, preguiças e macacos), garantem a manutenção do vírus na natureza.

Desafios na Identificação do Maruim

Devido ao tamanho reduzido (1 a 3 milímetros), o maruim é difícil de ser identificado pela população, o que torna ainda mais importante a adoção de medidas preventivas. A principal recomendação é:

  • Limpeza de terrenos, quintais e outros ambientes que favoreçam a proliferação do vetor.
  • Uso de roupas compridas e mosquiteiros, especialmente em áreas rurais e silvestres.

Vale ressaltar que repelentes e inseticidas não afetam o maruim, o que exige outras estratégias de controle.

Sinais e Sintomas da Febre de Oropouche

Os principais sinais e sintomas incluem:

  • Febre alta e dor de cabeça
  • Dor nas articulações e músculos
  • Fotofobia (sensibilidade à luz)
  • Manifestações neurológicas raras, como meningite asséptica e meningoencefalite

A fase aguda da doença dura de dois a sete dias, e em alguns casos, os sintomas podem reaparecer entre dois e dez dias após o primeiro episódio febril. No entanto, mesmo em casos graves, a recuperação é possível sem sequelas.

Diagnóstico da Febre de Oropouche

O diagnóstico é feito por meio de sorologia. A amostra de sangue deve ser coletada pela Vigilância Municipal a partir do 7º dia do início dos sintomas e encaminhada ao Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) para análise.

Recomendações da Sespa para os Municípios

Para conter a propagação do Oropouche, a Sespa recomenda aos municípios a adoção das seguintes medidas:

  1. Ampliar a vigilância de casos suspeitos em regiões endêmicas.
  2. Notificar eventos suspeitos à Coordenação Estadual de Arboviroses.
  3. Investigar a exposição rural/silvestre ou urbana e identificar o Local de Possível Infecção (LPI).
  4. Realizar busca ativa de indivíduos sintomáticos nos LPIs.
  5. Investigar populações de primatas não humanos e epizootias nos LPIs.
  6. Ampliar a informação e educação sobre a doença nas áreas afetadas, incluindo sinais, sintomas e medidas de prevenção.
  7. Orientar a população sobre as medidas de prevenção, com ênfase em proteção individual e coletiva.

Prevenção é a Melhor Forma de Combate

A prevenção é a melhor maneira de evitar a propagação da febre de Oropouche. A adoção de medidas simples, como a eliminação de focos de mosquitos e o uso de proteção contra picadas, pode reduzir significativamente o risco de infecção.

Mais Informações

Para saber mais sobre o maruim e a febre de Oropouche, acesse o site do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) através do link: Conheça o inseto Culicoides paraensis.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.