FRUTAS MAIS CARAS

Preços de frutas disparam em Belém: Reajustes acima de 30% para o Natal

Com a chegada das festas de final de ano, a corrida dos consumidores pela compra de presentes e ingredientes para a tradicional ceia natalina já está a todo vapor

Várias frutas comercializadas em Belém apresentaram alta nos preços entre setembro e outubro deste ano. Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará
Várias frutas comercializadas em Belém apresentaram alta nos preços entre setembro e outubro deste ano. Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará

Com a chegada das festas de final de ano, a corrida dos consumidores pela compra de presentes e ingredientes para a tradicional ceia natalina já está a todo vapor. Em Belém, como ocorre todos os anos, as redes de supermercados começam a disponibilizar em maior quantidade os produtos típicos dessa época, especialmente as frutas importadas, que ganham destaque nas mesas de Natal. No entanto, este ano, os preços desses itens estão mais altos, impactando diretamente o orçamento das famílias.

Reajustes superam a inflação

Segundo pesquisa do DIEESE/PA, nos últimos 12 meses, os preços das frutas importadas comercializadas nos supermercados da Grande Belém sofreram reajustes significativos, que, em alguns casos, superaram 30%, muito acima da inflação estimada de 4,60% no período. Esses aumentos refletem principalmente os custos de importação, flutuações cambiais, e o preço do estoque.

Preços das frutas importadas: Reajustes alarmantes

Entre as frutas que mais sofreram aumentos estão a Pera Portuguesa, que registrou uma alta de 38,64%, com o quilo passando a custar em média R$ 35,56, e a Uva Thompson sem semente, que teve um reajuste de 33,36%, alcançando R$ 16,63 por pacote de 500g. Outras frutas como Passas escuras, Pêra Williams e Ameixa fresca importada também apresentaram aumentos substanciais nos preços.

Confira a tabela com os reajustes detalhados para algumas das frutas mais procuradas nas ceias de Natal:

Frutas ImportadasPreço Médio Dez/2024Preço Médio Dez/2023Variação (%)
Pera Portuguesa (kg)R$ 35,56R$ 25,6538,64%
Uva Thompson (500g)R$ 16,63R$ 12,4733,36%
Passas Escuras (kg)R$ 36,98R$ 28,7528,63%
Pêra Williams (kg)R$ 27,08R$ 21,3426,90%
Uva Itália (500g)R$ 14,93R$ 12,4519,92%
Ameixa fresca (kg)R$ 28,39R$ 24,9014,02%
Nozes com casca (kg)R$ 49,40R$ 43,3513,96%
Damasco seco (200g)R$ 26,50R$ 23,9010,88%
Uva Vitória (500g)R$ 14,88R$ 13,678,85%
Maçã Argentina (kg)R$ 19,33R$ 18,961,95%

Fonte: Pesquisa DIEESE/PA

Causas dos aumentos de preço

O aumento expressivo nos preços das frutas importadas pode ser atribuído a vários fatores. O câmbio desfavorável, o aumento nos custos de importação, a demanda sazonal e o estoque limitado são algumas das principais causas que impactaram os preços. Além disso, a alta do dólar tem contribuído para os preços mais altos das frutas vindas do exterior.

O Impacto nas ceias de Natal

Com os preços das frutas elevando-se de forma acentuada, as ceias natalinas em Belém devem ficar mais caras este ano. Para quem pretende garantir as frutas tradicionais da época, como peras, uvas, ameixas e nozes, a recomendação é fazer uma boa pesquisa de preços, já que as variações entre os supermercados podem ser bastante grandes.

Além disso, é importante observar as promoções que surgem à medida que as festas se aproximam, uma oportunidade para o consumidor tentar minimizar os impactos desses aumentos.

Planeje sua compra

A alta nos preços das frutas importadas pode representar um desafio para as famílias que planejam uma ceia natalina mais tradicional. Com reajustes que chegam a mais de 30%, é fundamental que os consumidores se atentem às variações de preço e aproveitem as promoções para garantir os itens essenciais da festa. Em tempos de inflação elevada e flutuação cambial, um bom planejamento e pesquisa de preços podem ajudar a aliviar o impacto no bolso.

Fique atento às ofertas e, se possível, compre com antecedência para evitar surpresas de última hora. Com as frutas de época mais caras, a ceia de Natal em Belém deste ano será um pouco mais cara, mas ainda assim, com um pouco de organização, será possível aproveitar as festas de forma econômica.

Fonte: DIEESE/PA