A direção do Paysandu tem dado atenção especial ao futebol sul-americano, após a experiência positiva com o zagueiro uruguaio Yeferson Quintana e os atacantes Esli Garcia, venezuelano, e Borasi, argentino. O clube conta com um banco de informações sobre cerca de 600 jogadores, muitos deles atuando no continente. Os dirigentes, com o auxílio dos analistas de desempenho, estão avaliando minuciosamente os atletas, tanto de fora quanto do Brasil, para reforçar o elenco comandado pelo técnico Márcio Fernandes.
Entre os estrangeiros contratados este ano, Esli Garcia foi o mais notável. Mesmo sem ser titular absoluto, ele foi o artilheiro do time na Série B, com dez gols. Borasi também se destacou, mostrando sua importância após conquistar mais oportunidades. O argentino chegou a Belém vindo do modesto São Luiz, de Ijuí, e rapidamente se firmou na equipe.
O zagueiro Quintana começou bem, mas uma lesão afetou seu desempenho. No entanto, ele deixou uma boa impressão, e espera-se que retome sua forma em 2025. Nem todos os estrangeiros, porém, corresponderam às expectativas. O meia equatoriano Cazares e os atacantes Yony González, colombiano, e Joel Tagueu, camaronês, não se firmaram no clube. Cazares e Yony foram dispensados antes do fim da Série B, supostamente por comportamentos inadequados fora de campo. Joel terminou o Brasileiro, mas parece não ter futuro no Paysandu para a próxima temporada.
A direção do clube está atenta a outros fatores na busca por novos jogadores, como o comportamento fora de campo e a idade dos atletas. Conforme anunciou o presidente eleito Roger Aguilera, a intenção é evitar a formação de um elenco com média de idade muito alta. Além disso, o clube avalia jogadores sul-americanos, tanto os que atuam no Brasil quanto os de outros países vizinhos, que possam se encaixar no elenco para 2025.