O projeto “Um rio não existe sozinho” chega à Belém esta semana, com uma programação especial focada em temas urgentes sobre a crise climática e a preservação cultural. Desenvolvido pelo Instituto Tomie Ohtake, o evento, que faz parte das atividades preparatórias para a COP 30 em 2025, será realizado entre os dias 21 e 23 de novembro no Museu Paraense Emílio Goeldi. A participação nas atividades é gratuita e as inscrições já estão abertas.
Após sua estreia em São Paulo, o projeto chega à capital paraense com o título Diálogos Belém, reunindo artistas e especialistas da Amazônia e da América Latina. O objetivo é promover debates e compartilhar experiências que inspirem transformações sustentáveis, além de gerar uma rede de conexões voltadas à preservação ambiental e cultural. O projeto tem a curadoria de Sabrina Fontenele, do Instituto Tomie Ohtake, e Vânia Leal, curadora paraense, com patrocínio do Itaú e da AkzoNobel, via Lei Federal de Incentivo à Cultura e Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução.
Programação
Quinta-feira (21), 9h – Mesa: “Confluência de Saberes”
A abertura do evento traz uma mesa de debates com a participação do escritor e professor paraense João de Jesus Paes Loureiro, da artista e professora Elaine Arruda, do artista Alessandro Fracta, e mediação de Lucia das Graças Santana da Silva, coordenadora de Museologia do Museu Emílio Goeldi. A mesa contará também com a presença da arquiteta paraguaia Viviana Pozzoli, que falará sobre sua abordagem sustentável na arquitetura contemporânea, com foco na integração de soluções modernas com técnicas tradicionais e respeito ao meio ambiente.
Quinta-feira (21), 19h – Mesa: “Abrir caminhos em comunidade”
Nesta mesa, artistas e ativistas discutem a atuação em comunidades isoladas e vulneráveis, com foco em soluções sustentáveis. Participam o artista paraense Francelino Mesquita, Viviane Fortes, coordenadora da Associação Tingui, do Vale do Jequitinhonha, e Helena Lima, com mediação de Regina Oliveira da Silva, do Museu Emílio Goeldi. A mesa contará também com a arquiteta argentina Noelia Monteiro, premiada pelo Prêmio Arquitetura Tomie Ohtake AkzoNobel.
Sábado (23), 9h às 12h – Oficina: “Novos começos para o fim: processos e usos com as fibras naturais de açaí”
Encerrando a programação, a oficina propõe uma reflexão sobre o uso sustentável da fibra do caroço de açaí. Com a participação da professora Lina Bufalino, da Universidade Federal do Pará, e da arquiteta Noelia Monteiro, a atividade irá combinar teoria com prática, apresentando pesquisas acadêmicas e experimentos na produção de papéis, painéis e mobiliário com essa fibra natural.
Sobre o Projeto e o Instituto Tomie Ohtake
O projeto “Um rio não existe sozinho” tem como missão abrir diálogos entre a arte, a arquitetura, o design e os saberes tradicionais, buscando soluções para a crise climática e o fortalecimento das culturas locais. O Instituto Tomie Ohtake, fundado em 2001, é um centro dedicado à arte, arquitetura e design, promovendo exposições, debates e publicações que conectam essas áreas. Entre os nomes que já passaram por sua programação estão Álvaro Siza, Oscar Niemeyer, Ruy Ohtake e Thom Mayne.
Serviço
Evento: Um rio não existe sozinho | Diálogos Belém
Datas: 21 a 23 de novembro de 2024
Local: Museu Paraense Emílio Goeldi (Av. Gov Magalhães Barata, 376 – São Brás)
Inscrições: Gratuitas e podem ser feitas online.
Entrada: Mediante apresentação de documento com foto pelo portão de acesso dos servidores, na Av. 9 de Janeiro.
Para mais informações e inscrições, acesse o site do evento.