O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda-feira que está preparado para declarar estado de emergência nacional e usar as forças armadas como parte de seu plano para deportar migrantes em grande escala do país. Trump usou as redes para responder a uma publicação de Tom Fitton, diretor da organização conservadora Judicial Watch, que havia mencionado os planos do republicano.
Boas notícias: segundo alguns relatos, a próxima administração de Donald Trump está pronta para declarar estado de emergência nacional e usar recursos militares para combater a invasão (permitida pelo presidente Joe Biden) por meio de um programa de expulsões em massa?, escreveu Fitton em 9 de novembro. O magnata, que retornará à Casa Branca em 20 de janeiro, respondeu à mensagem na manhã de ontem afirmando: ‘Verdade!’.
Fontes com conhecimento do assunto afirmaram à CNN que os planos da nova administração sobre o assunto, uma promessa de campanha, já começaram a se delinear. Eles devem incluir a implementação de medidas rígidas na fronteira, a revogação de políticas de Biden e o início da detenção e deportação em larga escala de migrantes.
Trump já acusou os migrantes de envenenar ?o sangue? dos Estados Unidos, ?infectar? o país e comer animais de estimação de cidadãos americanos. Ele também distorce os dados sobre o assunto ao classificar os migrantes como ?assassinos? e, mais extremista, de ?selvagens?. Durante a campanha pela reeleição, Trump prometeu iniciar as deportações em massa assim que assumir o cargo.
‘No primeiro dia, lançarei o maior programa de deportação da História americana para tirar os criminosos do nosso país’, disse ele durante um comício no Madison Square Garden nos últimos dias da campanha.
Para cumprir a promessa, Trump já nomeou vários defensores de uma política migratória rígida para cargos importantes, com destaque para o ex-diretor interino da Imigração e Fiscalização Aduaneira dos EUA, Tom Homan, que será o ?czar da fronteira?. Entre 2017 e 2018, Homan supervisionou uma política que resultou na separação de 4 mil crianças migrantes de seus pais.
Apesar das declarações de Trump, não há dados públicos disponíveis sobre quantos migrantes nos EUA estiveram presos, mas há informações sobre quantos têm condenações criminais. Dos 1,5 milhão que cruzaram a fronteira ilegalmente no último ano, 15.608 foram de pessoas com histórico criminal. A condenação mais comum foi por entrada ilegal em outro país (9.545), seguida por dirigir sob influência de substâncias (2.577) e delitos de posse e tráfico de drogas (1.414).
(AG)