Matheus Miranda
Depois de nova apresentação ruim no gramado seguido de um resultado pior ainda, o Clube do Remo mantém os seus trabalhos focados na excelência para esta temporada. Longe da sua melhor forma tática-técnica e com algumas falhas físicas, também, conforme apresentada por alguns dos jogadores do time no amistoso fraco no final de semana (21) que encerrou no empate em 1 a 1 com o Bragantino, o grupo almeja evoluir nos próximos dias para tentar uma performance melhor em novo jogo-treino enquanto a suspensão do Campeonato Paraense segue mantida por parte do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Assim, neste domingo (29), o Leão Azul deve encarar o Cametá em amistoso no Parque do Bacurau, na casa do adversário.
As tratativas foram confirmadas pelas diretorias de ambas as equipes, somente no aguardo da oficialização do embate. Nesse ponto, para não voltar a decepcionar, os atletas almejam utilizar dessa semana para extrair o que for possível rumo ao desempenho mais aceitável. Nos dois jogos passados, duas apresentações ruins, com seis finalizações do Mais Querido na partida mais recente frente ao Tubarão e um único acerto ao fundo do barbante, estatística que reflete bem a situação do grupo nesse começo de temporada.
O meia Soares, que voltou a atuar após ficar de fora da movimentação contra o Caeté e, durante a sua pouca minutagem exibiu um nível interessante no gramado, alertou: “Em todos os jogos nós entramos para ganhar, trabalhamos na semana para sempre estar melhorando, por isso a expectativa é melhorar o mais rápido possível para estrear bem no campeonato”, diz o atleta.
De acordo com o profissional, a paralisação na competição estadual às vésperas de a bola rolar contribuiu pelo desempenho aquém no amistoso, embora o mesmo aponte que não há desculpas pela ausência de uma contundência e pelo placar ao fim da partida. “A gente tava no preparativo da estreia, todo mundo com a cabeça para fazer uma estreia boa quando soubemos do acontecido. Agora é continuar trabalhando para estrear 100%. A movimentação foi boa, que eu possa melhorar cada vez mais no trabalho. Sei da responsabilidade de vestir essa camisa. Que a gente possa dar alegria para o Remo no decorrer da temporada”, deseja.
AUSÊNCIAS – Entre os dois amistosos pelo Clube do Remo nos últimos 15 dias, contra Caeté e Bragantino, respectivamente, o grau de aproveitamento em uma análise fria depositada no gramado pela equipe foi pequena no que se refere ao potencial coletivo exibido pelo Leão Azul. Ainda assim, o treinador Marcelo Cabo acredita em dias melhores com um encaixe compacto seguido de desempenhos cada vez melhores. Porém, uma outra bronca, conforme análise do treinador, tem sido sentida na hora de uma performance mais dominante: a ausência de jogadores importantes do elenco.
Pela segunda vez consecutiva, o time não contou com a presença do volante Anderson Uchôa e do lateral-esquerdo Leonan, remanescentes de temporadas passadas, e do zagueiro Diego Ivo, homem de confiança do ‘professor’. Por isso, a tendência é que o time ganhe um incremento positivo, tático e técnico, quando os profissionais retornarem às suas funções em prol do time. “Vou ser realista: eles fazem muita falta. São referências do elenco, caras que dispensam comentários. Além de serem tecnicamente importantes, são atletas que têm o DNA do clube, lideranças. Perdemos 40% tecnicamente sem eles. Mas, afinal, o treinador é feito para isso, trazer soluções em momentos de dificuldades”, concluiu.