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Suspensão do Campeonato Paraense tem novo capítulo hoje

Paulo Toscano, presidente do Paragominas,  mostra confiança em conseguir retomar vaga na  elite estadual. Foto: Ronny Chaves/PFC
Paulo Toscano, presidente do Paragominas, mostra confiança em conseguir retomar vaga na elite estadual. Foto: Ronny Chaves/PFC

Nildo Lima

O imbróglio que culminou com a suspensão do início do Campeonato Paraense, que deveria ter acontecido no último sábado, com o jogo entre Clube do Remo e Independente, ganha, hoje, um novo capítulo, quando o Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD) promete publicar o Acórdão do julgamento que deu perda de causa ao recurso do Paragominas, no qual o clube do Município Verde pedia a perda de pontos pelo Águia de Marabá e Bragantino, acusados de utilizarem os jogadores Guga e Hatos de forma irregular no Parazão 2022.

Com a publicação do Acórdão, documento que informa o resultado do julgamento da causa no TJD/PA, o Paragominas poderá dar continuidade ao recurso que impetrou no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), para o qual recorreu, após ter tido sua ação recusada em primeira instância. A demora no enviou do resultado do recurso ao STJD fez com que a instância maior da justiça desportiva, em decisão monocrática de seu presidente, Otávio Noronha, suspendesse, na última sexta-feira, o começo do Estadual.
Em princípio, somente depois da apreciação da ação do Paragominas pelo STJD é que o Parazão poderá, finalmente, ser iniciado. Já se fala no começo do campeonato para fevereiro, o que provocará sérios prejuízos financeiros aos 12 clubes envolvidos na disputa, além de bagunçar o calendário do futebol local.

CONFIANTE
O advogado Marcelo Jucá, contratado pelo Paragominas, no Rio de Janeiro, onde está instalado o STJD, confia no ganho de causa pelo clube, o que implicará na queda do Bragantino à Série B, assim como a perda da vaga na Copa do Brasil pelo Águia de Marabá, que seria substituído pelo Castanhal, 5º colocado no Estadual.

“Faltou o cuidado, ao Águia de Marabá e ao Bragantino, principalmente, em ter atenção em não escalar atletas que estavam cumprindo penas desportivas. Isso é um tipo de caso muito batido, comum e que não cabe a menor discursão”, disse Jucá, em entrevista ao portal DOL. Hatos e Guga jogavam pelo Itupiranga, quando foram suspensos pelo TJD/PA, sem que eles, no entanto, cumprissem a punição após se transferirem para os clubes de Marabá e Bragança, que terminaram o Estadual passado na 4ª e 8ª posições, respectivamente.

O presidente do Paragominas, Paulo Toscano, que esteve no Rio de Janeiro, acompanhando de perto o desenrolar do caso no STJD, afirma que a diretoria do Águia tinha conhecimento da irregularidade do meia Guga, que este ano retornou ao Itupiranga. “A própria direção do Águia sabe que o seu ex-atleta jogou irregularmente o campeonato. Tanto que após a nossa denúncia, o clube inventou uma lesão para o jogador não atuar mais”, acusa o dirigente.