Com a chegada do final do ano, a ansiedade de milhares de pais em Belém aumenta com as notícias sobre os novos valores das mensalidades escolares para 2025. A discussão sobre reajustes sempre gera polêmica, envolvendo pais, instituições e autoridades. Diferente de outros serviços, a legislação (Lei nº 9.870/1999) permite que as escolas reajustem as mensalidades anualmente, considerando fatores como melhorias pedagógicas e custos operacionais. Os responsáveis têm direito a receber informações detalhadas sobre os critérios que influenciaram esses aumentos, incluindo uma planilha de custos das escolas.
Historicamente, os reajustes nas mensalidades superam a inflação. Para 2025, as expectativas são alarmantes: aumentos em todo o Brasil podem variar de 8% a mais de 10%, muito acima da inflação estimada em 4,5%. O DIEESE/PA, que monitora os custos escolares, realizou uma pesquisa abrangente em Belém, analisando 40 instituições em 15 bairros, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
Os dados revelam que, no primeiro semestre de 2024, as mensalidades da Educação Infantil variavam entre R$ 380,00 e R$ 2.150,00. Para o Ensino Fundamental, os valores iam de R$ 394,00 a R$ 2.250,00, enquanto no Ensino Médio, as mensalidades ficavam entre R$ 457,00 e R$ 2.200,00. Com a aproximação do novo ano letivo, as escolas começam a divulgar os novos valores, geralmente a partir de outubro, e muitos oferecem promoções para novas matrículas.
Valores podem passar de R$ 2,3 mil
As pesquisas mais recentes do DIEESE/PA mostram que as mensalidades para 2025 terão novos valores: na Educação Infantil, os preços variam de R$ 420,00 a R$ 2.160,00; no Ensino Fundamental, de R$ 450,00 a R$ 2.260,00; e no Ensino Médio, de R$ 494,00 a R$ 2.340,00. Esses aumentos, que superam a inflação, podem chegar a mais de 15% em diversas instituições.
Diante desse cenário, é essencial que os pais fiquem atentos e se planejem financeiramente. As escolas são obrigadas a divulgar os novos valores com antecedência em locais de fácil acesso. Caso os responsáveis considerem os aumentos abusivos, é importante buscar auxílio de órgãos de fiscalização e defesa do consumidor.