O CAMPEÃO

Vini venceu sem ganhar a Bola de Ouro

A premiação da Bola de Ouro gera polêmica: Vinícius Jr. fica em segundo lugar, mas é o centro das atenções com a reação internacional.

Vini venceu sem ganhar a Bola de Ouro Vini venceu sem ganhar a Bola de Ouro Vini venceu sem ganhar a Bola de Ouro Vini venceu sem ganhar a Bola de Ouro
Vinicius Júnior será eleito o melhor jogador do mundo no Fifa The Best 2024. Vini Jr. será eleito o melhor do mundo no The Best da Fifa, que ocorre às 14h (de Brasília) desta terça-feira (17), em Doha, no Qatar
Confira nosso palpite para o jogo entre Real Madrid e Las Palmas pela La Liga 2024/25. Saiba as prováveis escalações e onde assistir.

A Bola de Ouro perdeu ao premiar Rodri como o melhor jogador da temporada. Regular e fundamental no esquema do Manchester City, o volante teve participação importante na campanha vitoriosa da Espanha na Eurocopa. Ocorre que não foi o principal protagonista no City e nem na seleção de seu país. No time inglês, Phil Foden foi o melhor; na Espanha, Lamine Yamal foi a grande estrela da conquista.  

Vinícius Jr., dado como favorito para levantar o troféu que é dado pela revista France Football e a Uefa, acabou em segundo lugar, mas saiu maior do episódio, com a ruidosa reação internacional ao resultado da premiação.

Nas próprias cercanias do teatro onde se realizou a festa da Bola de Ouro, em Paris, torcedores se reuniram para gritar o nome de Vini Jr. e vaiar a chegada de Rodri. Dentro do recinto, quando o vencedor foi anunciado, novos gritos saudando Vini foram ouvidos, atestando a recusa pública em aceitar a escolha dos jornalistas que elegeram Rodri.

É impossível não associar o resultado, como no ano passado, quando Vini já fazia por merecer a distinção, a outros interesses e influências extracampo. O atacante brasileiro é indiscutivelmente o principal astro das ligas europeias há pelo menos três anos. Ao mesmo tempo, ficou conhecido pela batalha pessoal contra o racismo das torcidas espanholas.

Vini foi alvo de cânticos xenofóbicos nos estádios, mas resistiu bravamente, sem se deixar amofinar ou recuar. Enfrentou seus algozes, o que para muitos pareceu uma provocação. Na realidade, o provocado sempre foi Vini. Ao contrário de muitos outros atletas negros, ele se recusou a aceitar o papel de vítima silenciosa.

Denunciou seus detratores, apontou os racistas e exigiu das autoridades providências para o crime de que foi vítima. O Real Madrid de início não tomou atitudes claras, mas, diante da escalada de ataques, partiu para defender seu principal jogador. Para isso, contribuiu muito a atitude pessoal do técnico Carlo Ancelotti, que várias vezes se manifestou repudiando a criminosa e covarde campanha contra Vini.

Ancelotti e os jogadores não foram à solenidade de premiação, por decisão formal do clube, para quem “a Bola de Ouro não respeitou o Real”. A decisão altiva foi do presidente Florentino Perez. Do alto da grandeza do Real Madrid, ele apontou a injustiça de que Vinícius foi vítima. A repercussão mundial mostra que o Florentino, o Real e Vini saíram engrandecidos. Azar da Bola de Ouro.

Leão reinicia os trabalhos já em dezembro

O Remo já se movimenta na busca por reforços para a próxima temporada. Não faz alarde, nem deveria, mas já tem contatos iniciados com atletas que interessam à comissão técnica chefiada por Rodrigo Santana. Alguns contratados virão do exterior, possivelmente Colômbia, Uruguai e Argentina.

Em entrevista à Remo TV, ontem, o técnico afirmou que 2025 já começou para o Leão, buscando as melhores peças para compor o elenco. Disse que o clube quer jogadores de força e intensidade, com DNA vitorioso. As primeiras aquisições devem vir de times que disputam as Séries A e B.  

A preocupação do treinador é com as exigências do calendário, principalmente da Série B, que tem mais de um jogo por semana e requer preparo e condicionamento das equipes em função da logística desafiadora.

Por isso, Santana revelou que já na primeira semana de dezembro recomeçam os trabalhos no estádio Evandro Almeida, para a recepção aos atletas e início dos treinos.

Atletas da UsiPaz disputam os Jogos da Juventude

Dez atletas atendidos pela Usina da Paz Professor Amintas Pinheiro, do Icuí-Guajará, em Ananindeua, foram classificados para os Jogos da Juventude. O evento, que reúne competidores de todo o país, será realizado em novembro, em João Pessoa (PB).

Os adolescentes atendidos pelas turmas esportivas da Usina da Paz vão disputar a competição nas modalidades atletismo, judô e taekwondo, contando com a estrutura e a equipe técnica do Complexo de Cidadania do Governo do Pará para garantir a melhor preparação.

A coordenadora de Esporte na UsiPaz de Ananindeua, Déborah Valente, destaca o papel do complexo para a mudança na vida de jovens que sonham em ser atletas: “Levar esses atletas para as competições, com o apoio do governo do Estado, é essencial para manter o trabalho e incentivar que outras crianças e jovens venham participar do esporte nas Usinas”.

As Usinas da Paz representam uma importante ferramenta de inclusão social através do esporte. Em todos os Complexos de Cidadania há infraestrutura e aulas gratuitas, em diversas modalidades esportivas, contribuindo para a descoberta e o desenvolvimento de jovens talentos.

Além de atletismo, judô e taekwondo, os adolescentes também podem praticar nas UsiPaz esgrima, basquete, muay thai, vôlei de quadra, futebol de areia, handebol, boxe, natação, vôlei de areia e futsal. A disponibilidade de vagas é informada nas recepções de cada Usina.

Os Jogos da Juventude reúnem os melhores atletas de até 17 anos do Brasil, oriundos de escolas públicas e privadas, para a disputa de 18 modalidades. São mais de 4 mil atletas participantes e mais de 6 mil pessoas envolvidas na organização do evento.

O evento multiesportivo é organizado pela área de Desenvolvimento Esportivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), e visa oferecer suporte para as modalidades olímpicas por meio de ações que buscam a formação de atletas jovens e profissionais do esporte.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.