COMPORTAMENTO

Dia do Comerciário: histórias de quem move a economia do Pará

Celebre o Dia do Comércio em 30 de outubro e reconheça a importância dos profissionais que movem o setor na economia brasileira.

Entre os municípios considerados de Alto IDH, somente Parauapebas entrou na relação do Selo Unicef. Ficaram de fora as duas maiores cidades paraenses: a capital, Belém e Ananindeua.
Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Anualmente, em 30 de outubro, é celebrado o Dia do Comerciário, ou simplesmente Dia do Comércio, data que reconhece a importância dos trabalhadores que movem um dos setores fundamentais da economia.

Com o comércio sempre presente no dia a dia dos brasileiros, essa é uma oportunidade de valorizar o esforço diário de vendedores, caixas, gerentes e outros profissionais que atuam nas lojas e estabelecimentos. Em Belém, a data é marcada por um feriado exclusivo para os trabalhadores do comércio, permitindo um momento de descanso a esses profissionais.

O Centro Comercial de Belém, no bairro da Campina, é caracterizado por sua forte atividade comercial, mantendo sua vitalidade econômica e abrigando muitos trabalhadores. Um deles é o autônomo Tomé Rodrigues, de 63 anos, exemplo da história do comércio de rua em Belém. Com quase 56 anos de experiência, ele começou ainda aos sete anos de idade, enfrentando a opressão e marginalização que os vendedores ambulantes sofriam.

“Vim para esse comércio na época quando o camelô era marginalizado, sujeito à apreensão de mercadoria. Corri muito, mesmo com minha deficiência de paralisia infantil na perna, para proteger o que eu vendia”, conta. Hoje, ele trabalha vendendo guloseimas e água mineral e se orgulha de como as coisas mudaram. “Graças a Deus, estamos vivendo uma democracia, com reconhecimento de direitos. Antes, a gente não era respeitado. Agora, somos reconhecidos, mas foi luta”, ressalta.

Para muitos trabalhadores do comércio, a jornada é desafiadora, mas o orgulho de fazer parte desse setor é grande. Mary Moraes, 44, que trabalha em uma loja de roupas íntimas na rua João Alfredo, explica que o dia a dia exige resiliência. A rotina da vendedora é intensa: ela sai de casa às 6h30 da manhã, no bairro da Pratinha, para trabalhar no comércio até às 18h e vai para a faculdade à noite, retornando para casa por volta das 22h.

 Mary Moraes, 44, que trabalha em uma loja de roupas íntimas na rua João Alfredo, explica que o dia a dia exige resiliência
Mary Moraes, 44, que trabalha em uma loja de roupas íntimas na rua João Alfredo, explica que o dia a dia exige resiliência Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

“Trabalhar no comércio não é fácil. Você tem que acordar muito cedo, pegar ônibus. Comecei em 2022, porque precisava pagar minha faculdade de enfermagem”, relata. Sobre o Dia do Comerciário, Mary pondera: “acho justo o reconhecimento que essa data traz. O comércio exige muito da gente, e muitas vezes somos maltratados por clientes, mas continuamos firmes”.