FIM DO IMPASSE

Tupperware consegue evitar falência e terá novos donos

Saiba mais sobre o acordo preliminar da Tupperware com os credores. Entenda como a empresa está se recuperando para evitar a falência.

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Saiba mais sobre o acordo preliminar da Tupperware com os credores. Entenda como a empresa está se recuperando para evitar a falência.
Saiba mais sobre o acordo preliminar da Tupperware com os credores. Entenda como a empresa está se recuperando para evitar a falência.

A Tupperware, que se tornou sinônimo de vasilhas plásticas e potes para a cozinha, anunciou um acordo preliminar com um grupo de credores, que deve permitir à icônica empresa sair da crise e evitar sua falência, após pressão do juiz federal nos EUA responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa.

Pelo acordo, os credores pagarão US$ 23,5 milhões em dinheiro e trocarão US$ 63,8 milhões da dívida que possuem na Tupperware e passarão a ser os novos donos da marca e algumas de suas operações. Os novos donos da empresa incluem fundos de investimento afiliados a Alden Global Capital e a Stonehill Institutional Partners.

Com essa operação, a Tupperware vai vender ao grupo de credores a propriedade intelectual “necessária para criar e comercializar a marca Tupperware”, bem como alguns ativos nos Estados Unidos e em outras filiais estrangeiras.

Os clientes poderão continuar comprando produtos Tupperware através de consultores (o tradicional sistema de venda em grupos de vizinhos e vendedores locais da marca), sites on-line e parceiros nos principais mercados mundiais, informou a empresa em comunicado. A operação, no entanto, encerrará as atividades da Tupperware em mercados considerados não essenciais.

Após anos de dificuldades, durante os quais a Tupperware foi atingida por uma enorme dívida “e um modelo operacional obsoleto”, afirmou a empresa, acrescentando que “a transação marcaria uma nova etapa para a marca”.

Como será o acordo

Pelo acordo, o grupo de credores comprará o negócio com pagamento à vista e uma nova linha de financiamento, informou Spencer Winters, um advogado que representa a empresa em uma audiência realizada na terça-feira, em Delaware, dentro do processo de recuperação judicial da Tupperware.

– Foi graças esforços do tribunal que as partes conseguiram chegar a um acordo – disse o advogado dos credores, Allan S. Brilliant, na audiência de terça-feira.

Ambos os lados reconheceram a influência do juiz Brendan L. Shannon ao pressioná-los a resolver a disputa que ameaçava fechar a empresa, que vende seus recipientes plásticos por meio de 465 mil revendedores ao redor do mundo.

A empresa entrou em meados de setembro com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos após a demanda por seus produtos de armazenamento de alimentos enfraquecer, devido ao aumento da concorrência e à incapacidade da Tupperware de acompanhar o ritmo de mudanças no modelo de vendas diretas e ao avanço das plataformas on-line.

Na semana passada, o juiz Shannon interrompeu uma disputa judicial entre a Tupperware e seus credores, pedindo aos advogados de ambos os lados que se reunissem com ele em uma reunião a portas fechadas.

Após saírem dessa reunião em 18 de outubro, ambas as partes suspenderam sua disputa.

– Este não é um formato típico de venda. Agradeço o envolvimento das partes em questões difíceis e a abordagem criativa que desenvolveram – concluiu o juiz Shannon na audiência de terça-feira.

As duas partes trabalharão nos detalhes do contrato de venda nos próximos dias e voltarão ao tribunal na próxima semana para a aprovação final.

Em documentos apresentados ao tribunal de falências de Delaware (leste dos EUA), a empresa avaliou seus ativos entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão, e seu passivo (capital e dívidas) entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões.

O fundador da Tupperware, Earl Tupper, apresentou seus produtos de plástico ao público em 1946 e posteriormente patenteou seu mecanismo de vedação flexível e hermética, uma inovação para a época.

Os produtos da marca logo inundaram os lares americanos, em grande parte por meio de festas de vendas independentes realizadas em casas nos subúrbios dos EUA, ajudando a empresa a dominar o mercado por décadas.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.