Pará

Governo troca comandos da PF e PRF no Pará

Foto: PF/divulgação
Foto: PF/divulgação

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu nesta quinta-feira (19) uma grande mudança no comando da Polícia Federal nos estados, trocando 18 superintendentes regionais. Também foram dispensados 26 superintendentes da Polícia Rodoviária Federal nos estados. As mudanças incluem o Pará. Na PRF, sai Diego Patriota, sem ainda a definição do substituto. Já na PF, assume o comando no Estado José Roberto Feres.

As mudanças foram publicadas em edição-extra do Diário Oficial da União, publicada na noite de quarta-feira (18). As portarias são assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Para São Paulo, maior superintendência do país, o escolhido foi o delegado Rogério Giampaolli, que já foi chefe do COT (Comando de Operações Táticas) e, atualmente, estava na chefia da PF em Sorocaba (SP). Ele vai substituir o delegado Rodrigo Bartolamei, indicado no governo de Jair Bolsonaro.

Lula já havia promovido a troca do superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal, no dia seguinte aos atos golpistas, que terminaram com a invasão e vandalismo no Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, o Ministério da Justiça minimizou a troca e afirmou que a mudança já estava programada e estava inserida no plano de mudanças gerais nas superintendências.

O delegado Cézar Luiz Busto de Souza foi o escolhido para comanda a PF no Distrito Federal, no lugar de Victor Cesar Carvalho dos Santos.

O investigador chegou a ser o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, setor mais sensível da PF, no governo Bolsonaro.

Ele foi indicado por Rolando de Souza, segundo dos quatro diretores-gerais do governo de Jair Bolsonaro.

A Polícia Rodoviária Federal manteve um laço próximo com o ex-presidente, que sempre prestigiou os eventos da corporação e costumava ir para a beira de estradas, acompanhado pelos agentes, para acenar para eleitores. Como mostrou a Folha de S.Paulo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afrouxou as regras para nomeações na PF.

A alteração nas regras para nomeação foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (4). Pela portaria de 2018, só poderia ser diretor o delegado da classe especial, com mais de dez anos de exercício no cargo e com passagem por posto em comissão do “Grupo Direção e Assessoramento Superior –DAS 101.3 ou superior por, no mínimo, 1 (um) ano”.

Dino reduziu os requisitos necessários e, a partir de agora, o delegado precisa apenas ser da classe especial para ser indicado para uma diretoria. O mesmo critério passa a valer para a nomeação do corregedor do órgão. (Com Folhapress)

Assumem os cargos na PF nos estados:

Alagoas: Luciana Paiva Barbosa;

Amazonas: Umberto Ramos Rodrigues;

Goiás: Marcela Rodrigues de Siqueira Vicente;

Maranhão: Sandro Rogério Jansen Castro;

Mato Grosso: Ligia Neves Aziz Lucindo;

Mato Grosso do Sul: Agnaldo Mendonça Alves;

Minas Gerais: Tatiana Alves Torres.

Pará: José Roberto Feres;

Paraíba: Christiane Correa Machado;

Paraná: Rivaldo Venâncio;

Pernambuco: Antonio de Pádua Vieira Cavalcanti;

Rio de Janeiro: Leandro Almada da Costa;

Rio Grande do Norte: Larissa Freitas Carlos Perdigão;

Rondônia: Larissa Magalhães Nascimento;

Santa Catarina: Aletea Vega Marona Kunde;

São Paulo: Rogério Giampaoli;

Sergipe: Aline Marchesini Pinto;

Tocantins: Reginaldo Donizetti Gallan Batista.