GERSON NOGUEIRA

Remo negocia com remanescentes para 2025; veja quem são

Remo negocia com remanescentes para 2025; veja quem são os escolhidos para iniciar o novo elenco azulino.

Rodrigo Santana iniciou a montagem do elenco remista para 2025. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Rodrigo Santana iniciou a montagem do elenco remista para 2025. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

O Remo negocia com alguns atletas remanescentes da campanha do acesso à Série B. Sávio, Rafael Castro e Raimar interessam para compor o elenco de 2025, mas o ala esquerdo dificilmente ficará. Se não puder continuar no Baenão, será indiscutivelmente uma perda para o bem-sucedido sistema implantado por Rodrigo Santana na Série C deste ano, e que o técnico já emitiu sinais de que deseja preservar.  

É fundamental que o Remo faça uma depuração no elenco que terminou a temporada com os cuidados necessários para evitar escolhas equivocadas de mudança de estação. Clubes que conseguem subir de divisão frequentemente caem nessa armadilha.

O PSC, que conquistou o acesso em 2023, sofreu bastante com isso na Série B deste ano. Tudo porque a comissão técnica se sentiu compromissada com os jogadores e decidiu prestigiar quase 50% do elenco, o que comprometeu a qualidade e o nível de competitividade no Campeonato Brasileiro.

Pela importância que o critério de escolhas tem para o sucesso da equipe na próxima temporada, pode-se dizer que o início de tudo é justamente agora, quando o processo de definição do elenco começa a ser implementado.

Rodrigo Santana deixou claro que as dobras pelos lados, com Sávio-Raimar na esquerda e Diogo Batista-Rafael na direita, são os pilares do sistema de três zagueiros. Ninguém pode cravar que esse sistema será mantido em 2025, mas as convicções do treinador precisam ser respeitadas.

Logo depois do acesso, ainda no gramado do Mangueirão, o executivo Sérgio Papellin, afirmou que permaneceria no clube se o projeto da Série B fosse ambicioso, buscando o acesso à Primeira Divisão. Foi mal interpretado num primeiro momento, mas o conceito foi assimilado.

A diretoria trabalha com a ideia de montar um elenco qualificado, capaz de brigar na parte de cima da tabela, a fim de evitar a habitual luta contra o rebaixamento já a partir do início do returno da Série B – como ocorreu com o próprio Remo em 2021 e com o PSC nesta temporada.

Os cuidados que cercam esta importante fase do trabalho incluem a preocupação em selecionar bem as peças remanescentes, partindo do princípio de que não é viável contratar um elenco inteiramente novo. Até porque algumas peças, como Raimar, Sávio e Rafael, podem ser extremamente importantes nas competições da primeira parte do ano.

O caminho está esboçado e o Remo dispõe do tempo necessário para colocar em prática todos os pontos do planejamento para a Série B 2025.

Papão tem ataque pronto para batalha em Ponta Grossa

Para encarar mais uma decisão, o PSC deve escalar um ataque inédito diante do Operário-PR no próximo domingo, às 11h. Com as ausências de Nicolas e Jean Dias, o trio ofensivo será Paulinho Boia, Ruan Ribeiro e Borasi. A confirmação deve sair até sábado, mas os treinos mais recentes mostraram essa configuração.

Paulinho Boia e Borasi conquistaram a torcida com boas atuações nos últimos jogos. O primeiro foi decisivo no confronto com a Chapecoense. O argentino Borasi atua bem desde que estreou, impressionando pela intensidade de seu jogo.

No papel de centroavante, Ruan Ribeiro tem entrado eventualmente no segundo tempo das partidas, conseguindo contribuir com assistências para gols, como no confronto com o CRB, em Maceió, quando deu o passe para Borasi marcar o segundo gol.

Márcio Fernandes tem ainda a opção de utilizar Esli García, que tem sido relegado ao banco de reservas e ficado fora de alguns jogos, embora seja o artilheiro da equipe na Série B com 6 gols. É o melhor atacante do elenco, mas precisa convencer o treinador de que merece uma oportunidade.

Brasil inclui três técnicos entre os melhores do mundo

Elaborar listas de melhores ou piores é uma consagrada instituição inglesa. E a revista FourFourTwo é famosa pelas polêmicas acaloradas que suscita com suas publicações de rankings. Nesta semana, a publicação soltou a lista dos 50 melhores técnicos do mundo e incluiu dois treinadores que atuam no futebol brasileiro: Fernando Diniz e Abel Ferreira.

Diniz, hoje técnico do Cruzeiro, campeão da Copa Libertadores 2023 com o Fluminense e que recentemente comandou a Seleção Brasileira, sem muito sucesso, ocupa a 25ª colocação. Em 22º lugar, está o português Abel Ferreira, bicampeão da América e do Brasileirão à frente do Palmeiras.

Um outro brasileiro aparece melhor posicionado no ranking, que não atua no Brasil. É o ex-volante Thiago Motta, atual técnico da Juventus, que aparece na 16ª colocação.

No Top 5, três espanhóis e dois italianos. Para surpresa de ninguém, Pep Guardiola, do Manchester City, aparece em primeiro lugar. Em seguida, aparecem Carlo Ancelotti (Real Madrid), Xabi Alonso (Bayer Leverkusen), Mikel Arteta (Arsenal) e Simone Inzaghi (Internazionale).

Fenômenos como Guardiola nem deveriam participar dessas escolhas. Ele é simplesmente o melhor técnico de sua geração, léguas à frente dos demais, e um dos melhores de todos os tempos. O conceito de treinador estudioso, aplicado até irresponsavelmente em relação a outros nomes, se aplica fielmente a ele. Seu trabalho é contínuo, vencedor e muito criativo.

O técnico sul-americano melhor posicionado é Lionel Scaloni, da Argentina, campeão do mundo em 2022 no Qatar. Ficou em 7º lugar.