A cantora e compositora Luê retorna a Belém, sua terra natal, nesta sexta-feira (18). Ela traz à cidade o show de lançamento de seu mais novo álbum autoral, “Brasileira do Norte”. A apresentação ocorre na Casa Apoena, no bairro da Cidade Velha, a partir das 20h.
Luê é conhecida por equilibrar suas principais inspirações. Primeiramente, ela traz a cultura nortista, presente especialmente na percussão e na influência amazônica de suas músicas. No entanto, também une a tradição ao pop eletrônico. Em Belém, ela promete trazer ao público uma apresentação especial, cheia de energia e identidade. Além das faixas do novo disco, Luê também trará sucessos de outros trabalhos. Certamente, estarão no set list músicas de “A fim de onda” (2013), “Ponto de mira (2017) e “091” (2023). Com isso, garante um passeio por todas as etapas de sua carreira.
Segundo a cantora, “Será um show especial, com quase todas as músicas do disco ‘Brasileira do Norte’, além de faixas do EP ‘091’ e dos meus outros álbuns. Vou revisitar todas as minhas fases e, pela primeira vez, farei um show maior, com a banda vindo de São Paulo. A apresentação terá muitos beats eletrônicos com percussão e ritmos amazônicos, que são minha grande paixão. Vai ser lindo!”, disse Luê.
“Será um show especial, com quase todas as músicas do disco ‘Brasileira do Norte’, além de faixas do EP ‘091’ e dos meus outros álbuns. Vou revisitar todas as minhas fases e, pela primeira vez, farei um show maior, com a banda vindo de São Paulo. A apresentação terá muitos beats eletrônicos com percussão e ritmos amazônicos, que são minha grande paixão. Vai ser lindo!
Luê
Álbum faz fusão de pop global e sons amazônicos
O novo álbum é descrito por Luê, antes de tudo, como seu projeto mais identitário. Nesse sentido, a cantora explora ritmos como boi, zouk, retumbão e marabaixo, em uma mistura única com influências globais. Essa combinação musical faz de “Brasileira do Norte”, principalmente, um verdadeiro manifesto de orgulho nortista conectado com o mundo.
Sobretudo, Luê comenta que um novo ciclo se inicia com o disco: “Lançar um novo trabalho é sempre um marco na vida de um artista, trazendo um frescor e uma nova era. Estou exatamente nesse momento, com o ‘Brasileira do Norte’. Me sinto muito mais madura e confiante no meu trabalho. Estou muito feliz em lançar esse disco em Belém, minha casa, onde toda a narrativa do álbum faz sentido”, revela.
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Com produção de Mateo Piracés-Ugarte (da banda Francisco el Hombre), o disco tem participações de grandes nomes: Fafá de Belém, Gaby Amarantos, Dona Onete, Johnny Hooker, Zaynara, Júnior Soares (Arraial do Pavulagem), Lia Sophia, Felipe Cordeiro, Félix Robatto, Yasmin Olí, Izy Mistura, Victor Xamã e Raidol.
Luê tem formação de música clássica
Com formação clássica em violino, Luê integrou a Orquestra Sinfônica da Escola de Música da Universidade Federal do Pará. Foi lá que ela aprofundou seus estudos como instrumentista, iniciados durante a infância no Conservatório Carlos Gomes, ambos em Belém.
Paralelamente à formação erudita, a cantora sempre dialogou com a música de sua região. Claro, aí conta a influência familiar, afinal, Luê é filha de Júnior Soares, um dos fundadores do Arraial do Pavulagem, recentemente oficializado como Manifestação da Cultura Brasileira.
Aliás, foi na tradicional festa da Marujada de São Benedito, em Bragança, no nordeste paraense, que Luê teve o seu primeiro contato com a rabeca. O instrumento, considerado o “avô” do violino, se tornou a marca registrada de suas apresentações.
Em síntese, a cantora há tempos vem chamando atenção pelo seu trabalho. Seu primeiro disco, “A fim de onda” (2013), foi elogiado pelo jornalista e crítico musical Mauro Ferreira. Ele o saudou como “um dos melhores discos brasileiros do primeiro bimestre de 2013”. Junto a isso, Luê já passou por grandes eventos, como Circuito Sesc e Virada Cultural de São Paulo. Como também já colaborou com artistas como Luísa e os Alquimistas, Curumin, Giovani Cidreira, Serena Assumpção, Vox Sambou, entre outros.
