MEIO AMBIENTE

Técnicos da Saúde monitoram situação causada pelas queimadas em Marabá

Missão técnica em Marabá: Técnicos da Saúde avaliam os impactos da seca e das queimadas na região. Acompanhe os resultados desta expedição.

Nesta terça-feira, 15 de outubro, a equipe da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde iniciou uma importante visita técnica a Marabá, no sudeste do Pará.
Nesta terça-feira, 15 de outubro, a equipe da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde iniciou uma importante visita técnica a Marabá, no sudeste do Pará.

Nesta terça-feira, 15 de outubro, a equipe da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde iniciou uma importante visita técnica a Marabá, no sudeste do Pará. O objetivo da presença dos técnicos da Saúde, que se estenderá até a próxima sexta-feira, 18 de outubro, é diagnosticar os impactos da seca extrema e das queimadas na região.

Durante a expedição, os técnicos também visitarão os municípios de Altamira, Itupiranga e Santarém, que estão entre os 10 locais com mais focos de incêndio ativos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esta é a quinta expedição da Sala, que já atuou em estados como Amazonas, Acre, Rondônia e Tocantins.

“Por meio do levantamento de informações em campo, poderemos identificar as necessidades da população de Marabá e desenvolver estratégias adequadas para atendê-las”, destaca Bruno Moreno, técnico do Programa Nacional de Vigilância de Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua).

As principais atividades da missão incluem:

  • Monitoramento de doenças hídricas
  • Fortalecimento da vigilância epidemiológica
  • Assistência a doenças respiratórias exacerbadas pela fumaça das queimadas
  • Ações direcionadas à vulnerabilidade nutricional, abrangendo tanto populações urbanas quanto comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas.

De acordo com o Polo Base Marabá do Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins (Dsei Guamá-Tocantins), 85% das 61 aldeias da região foram afetadas pela estiagem e queimadas, impactando 3.878 indígenas das terras Mãe Maria, Xikrin do Katete e Sororó. Técnicos da saúde estão monitorando a situação causada pelas queimadas em Marabá. A poluição atmosférica é outra preocupação, com Marabá apresentando níveis de material particulado fino três vezes acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (15 μg/m³).

Desde agosto, o estado está sob um decreto de emergência ambiental em virtude dos incêndios florestais. Segundo o informe “Monitoramento de Queimadas para Vigilância em Saúde”, durante a semana epidemiológica 40, o Pará ocupa a terceira posição entre os estados com o maior número de focos de calor, totalizando 745. Técnicos da saúde monitoram a situação de Marabá causada pelas queimadas.

Sobre a Sala de Situação Nacional

A Sala de Situação Nacional, coordenada pelo Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde (DEMSP), é composta por técnicos das secretarias de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Saúde Indígena (SESAI), Atenção Primária à Saúde (SAPS) e Atenção Especializada à Saúde (SAES), além de representantes da Secretaria de Saúde Pública do Pará. Técnicos da saúde se mobilizam para monitorar a situação em Marabá causada pelas queimadas.