EXPOSITORES

Sebrae: Feira de Artesanato do Círio bate recorde de faturamento

E para marcar o encerramento da exposição, localizada no estacionamento do Parque Urbano Belém Porto Futuro, na noite de ontem, 16.

Jefferson de Souza participou da feira pela segunda vez e conta que já vende para todo o Brasil

FOTO: ANTONIO MELO
Jefferson de Souza participou da feira pela segunda vez e conta que já vende para todo o Brasil FOTO: ANTONIO MELO

“A maior de todas edições”. Assim o superintendente do Sebrae/PA, Rubens Magno resumiu a 12º edição da Feira de Artesanato do Círio (FAC) 2024, que, durante sete dias, reuniu 116 artesãos, de 19 municípios. Segundo ele, a exposição ‘é um sucesso muito grande’.

“Ainda não fechamos o balanço dos sete dias, mas, até agora, atingimos 55% acima da meta que nós estabelecemos, um recorde de faturamento para todos esses expositores. E é exatamente isso que o Sebrae busca proporcionar a eles”, afirmou Rubens Magno.

E para marcar o encerramento da exposição, localizada no estacionamento do Parque Urbano Belém Porto Futuro, na noite de ontem, 16, o Sebrae destacou o crescimento e desenvolvimento dos artistas e artesãos que vivem da economia criativa. “O lucro deles é essencial, mas também buscamos mostrar que o Pará, que a Amazônia, que o Brasil têm um potencial muito grande de entregar para o mundo todo joias importantes que vêm da mão de artistas como esses, de artistas da Amazônia, e eles vêm conseguindo realizar isso de forma surpreendente”, completou o superintendente.

Legado

A Feira de Artesanato do Círio faz parte de um trabalho realizado pelo Sebrae desde 1989, voltado para o artesanato no período da festividade do Círio de Nazaré. E, desde 2012, representa o resultado da fusão de duas iniciativas: A Feira do Miriti, específica do artesanato de Miriti, atividade tradicional do município de Abaetetuba; e a Feira do Círio, que reunia o artesanato de outras tipologias, produzido em vários municípios paraenses. Entre os expositores, estava o artesão Jefferson de Souza, natural do Marajó.

“Essa é a segunda vez que participo e posso dizer que foi uma honra, mais uma vez, ter a chance de expor o meu trabalho aqui. Um trabalho que começou ainda na minha infância, de forma simples ensinado pelos os meus avós. Mas hoje, graças ao Sebrae, consigo exportar para todo o Brasil”, expôs.

O legado artístico é algo que os artesãos compartilham em comum. Vindo de São Caetano de Odivelas, o Rômulo Almeida produz esculturas de gesso das imagens dos santos católicos, conhecimento passado de geração em geração em sua família.

“Sempre fomos muitos devotos, e esse foi o ‘pontapé inicial’. No começo era algo interno, produzimos para nós mesmos, como uma forma de venerar os santos que tanto fazem por nós. Mas, com o tempo, percebemos que tínhamos a chance de proporcionar isso para as outras pessoas também, e foi o que fizemos. Hoje eu tenho orgulho do meu trabalho e de saber que consigo evangelizar as inúmeras casas dessa forma”, explicou.

E como de costume, a diversidade de artesanato chamou a atenção dos visitantes, com destaque para as peças de miriti, cerâmicas, cuias, sementes e madeira. “Para mim é uma oportunidade muito grande conhecer um pouco mais sobre os trabalhos dos artesãos que cercam a nossa região. E eu achei tudo simplesmente lindo, encantador. Comprei uma coisa aqui, outra ali e, quando já tinha percebido, tenho arte para montar um salão de obras nortistas”, contou Maria das Graças, pedagoga.