Com 63% de intenção dos votos válidos no segundo turno na corrida à Prefeitura de Belém, Igor Normando (MDB) abriu 26 pontos percentuais em relação a Éder Mauro (PL), que aparece com 37% das intenções, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira, 14, pela pesquisa do Real Time Big Data, contratada pela Rede Record. A pesquisa reforça o favoritismo do emedebista a 13 dias da votação na capital. Foram realizadas 1.000 entrevistas pelo Real Time Big Data, entre os dias 11 e 12 de outubro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número PA–04196/2024, tem um nível de confiança de 95%.
Já em relação à totalização final de votos dos dois candidatos no primeiro turno, o crescimento de Igor é de aproximadamente 19%. No primeiro turno, ele teve 44,89% dos votos válidos, contra 31,48% de Éder. Neste caso, o delegado do PL teve apenas pouco mais de 6% de crescimento nas intenções de voto.
Deputado estadual e ex-secretário de Cidadania do Pará, Igor tem o apoio do governador Helder Barbalho (MDB). Um dos principais trunfos de Normando foi a gestão de um dos projetos de segurança pública mais inovadores do país, o Usinas da Paz, que promove ações sociais para a população de forma gratuita, e que virou um exemplo de política para a redução da violência em comunidades do Pará, em especial na região metropolitana de Belém.
No ano que vem, Belém estará no centro das atenções do mundo, ao sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP30 – um dos eventos mais importantes do mundo, o que faz destas eleições municipais uma das mais importantes da história de Belém. O próximo prefeito vai ciceronear as mais de 60 mil autoridades, cientistas e pesquisadores de todo o mundo.
Por outro lado, o delegado Éder Mauro não tem posição afirmativa sobre o evento climático em Belém, uma vez que sua trajetória, tanto nas votações como em debates na Câmara dos Deputados mostram ser ele um defensor de garimpo e contrário às leis anti ambientais. Durante a gestão bolsonarista, o delegado levou garimpeiros a Brasília para tentar legalizar a atividade, que explodiu no período, especialmente no Pará, elevando o desmatamento e a contaminação por mercúrio na região.
O site de notícias Pública lembra que o ex-delegado da Polícia Civil do Pará, admitiu no Plenário da Câmara dos Deputados a autoria de assassinatos: “Matei muita gente”, bradou nos microfones da Casa Legislativa. Na corregedoria da Polícia Civil, o nome do deputado aparece em 53 processos – boa parte deles arquivada – envolvendo acusações de tortura, extorsão e execuções.