Igor Normando (MDB), largou na frente no segundo turno da corrida pela Prefeitura de Belém com 60% das intenções de voto, segundo pesquisa do Instituto Real Time Big Data sobre as intenções de voto no segundo turno para a Prefeitura de Belém (PA). Éder Mauro (PL)aparece com 35%. O segundo turno das eleições municipais ocorre no próximo dia 27. Encomendadas pela rede RECORD e divulgada nesta segunda, 14, a pesquisa mostra que, considerando os votos válidos – quando são excluídas as porcentagens de votos brancos e nulos – Igor Normando seria eleito prefeito de Belém com 63% contra 37% de Mauro.
Foram realizadas 1.000 entrevistas pelo Real Time Big Data, entre os dias 11 e 12 de outubro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número PA–04196/2024, tem um nível de confiança de 95%.
Após o primeiro turno, Igor Normando, que teve 44,89% dos votos, recebeu o apoio do PSOL , PT e do candidato pelo Republicanos, Thiago Araújo, que foi um destaques no primeiro turno com 62 mil votos.
Deputado estadual e ex-secretário de Cidadania do Pará, Igor tem o apoio do governador Helder Barbalho (MDB). Um dos principais trunfos de Normando foi a gestão de um dos projetos de segurança pública mais inovadores do país, o Usinas da Paz, que promove ações sociais para a população de forma gratuita, e que virou um exemplo de política para a redução da violência em comunidades do Pará, em especial na região metropolitana de Belém.
No ano que vem, Belém estará no centro das atenções do mundo, ao sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP30 – um dos eventos mais importantes do mundo, o que faz destas eleições municipais uma das mais importantes da história de Belém. O próximo prefeito vai ciceronear as mais de 60 mil autoridades, cientistas e pesquisadores de todo o mundo.
Por outro lado, o delegado Éder Mauro não tem posição afirmativa sobre o evento climático em Belém, uma vez que sua trajetória, tanto nas votações como em debates na Câmara dos Deputados mostram ser ele um defensor de garimpo e contrário às leis anti ambientais. Durante a gestão bolsonarista, o delegado levou garimpeiros a Brasília para tentar legalizar a atividade, que explodiu no período, especialmente no Pará, elevando o desmatamento e a contaminação por mercúrio na região.
O site de notícias Pública lembra que o ex-delegado da Polícia Civil do Pará, admitiu no Plenário da Câmara dos Deputados a autoria de assassinatos: “Matei muita gente”, bradou nos microfones da Casa Legislativa. Na corregedoria da Polícia Civil, o nome do deputado aparece em 53 processos – boa parte deles arquivada – envolvendo acusações de tortura, extorsão e execuções.