Com a programação oficial iniciada no último dia 8, Belém vive neste fim de semana, sábado e domingo, dias 12 e 13, as maiores procissões do Círio de Nazaré 2024. A festividade chega este ano à sua 232ª edição com o tema “Perseverar na oração com Maria, Mãe de Jesus”, em alusão ao Ano da Oração convocado pelo Papa Francisco como forma de preparação para o grande Jubileu da Igreja Católica, em 2025.
Celebrado há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das mais antigas e expressivas manifestações do Brasil. A devoção a Nossa Senhora foi crescendo ao longo dos anos, transformando o Círio em um símbolo de fé, esperança e gratidão, atraindo milhões de fiéis de diversas partes do país e do mundo.
Até o dia 27 de outubro, diversas romarias são realizadas, destacando a diversidade de expressões de fé.
O segundo domingo de outubro marca o momento mais esperado da festividade, com o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Milhões de devotos acompanham a celebração, que inicia às 6h, com a Missa do Círio, presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo metropolitano de Belém, na Catedral Metropolitana de Belém. Lá os fiéis se reúnem para renovar seus votos e expressar sua gratidão a Nossa Senhora de Nazaré. Este momento é marcado por orações e cânticos, reunindo uma multidão em um ato coletivo de devoção.
Logo após a missa, às 7h, inicia-se a grandiosa romaria. A procissão parte da Catedral Metropolitana de Belém e segue por um trajeto de 3,6 km até a Praça Santuário Nossa Senhora de Nazaré. Milhões de fiéis acompanham a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, simbolizando a fé da comunidade.
História
A devoção a Virgem de Nazaré tem início no século XVIII, com o achado de uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré por Plácido José de Souza, também conhecido como Caboclo Plácido.
A imagem foi encontrada às margens do Igarapé Murutucu, no local onde hoje se encontra a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré.
A partir daí, a devoção à Virgem de Nazaré cresceu e, em 1793, foi realizada a primeira procissão em homenagem à padroeira dos paraenses.
A celebração foi organizada pelo capitão-geral da província de Rio Negro e Grão-Pará, Francisco de Souza Coutinho, como forma de cumprir uma promessa.