O zagueiro Rafael Castro foi um dos últimos a chegar ao Baenão. Ele deixou o Treze-PB, que nadava de braçadas na Série D, para vir para o Remo, que lutava contra o rebaixamento na Série C. O fim da história é conhecido, com o Leão Azul conquistando o acesso e o Galo da Borborema ficando pelo caminho. No dia seguinte ao jogo com o São Bernardo-SP, após garantir a subida, o jogador paulistano foi à Basílica de Nazaré subir de joelho as escadarias da igreja. Foi a primeira de algumas promessas que ele pretende pagar. Neste final de semana ele estará nas ruas do centro de Belém ao lado de mais de um milhão de pessoas. Ele conta a seguir, em uma breve entrevista, sobre sua relação com a padroeira dos paraenses e sobre os planos de ver de perto a procissão.
P – Como surgiu tua devoção a Nossa Senhora de Nazaré?
R – “Surgiu desde o final de 2020 em uma vinda minha a Belém junto a minha esposa. Foi a primeira vez que conheci a Basílica, tinha acompanhado o acesso do Remo e a festa que a torcida fez mesmo na pandemia me comoveu bastante. Por ser criado nas categorias de base do Corinthians me identifiquei com a torcida do Remo e o pedido que fiz indo à Basílica foi de ter a oportunidade de jogar aqui, mas que quando viesse a acontecer não fosse apenas uma passagem, não ser mais um e sim poder escrever minha história no Clube do Remo”.
P – A tua promessa foi sobre o acesso ou tens mais outras?
R – “Chegando em Belém fui a Basílica agradecer pela oportunidade e como havia pedido para fazer história aqui no Remo, prometi que se o acesso viesse eu subiria as escadas de joelho, ficaria para acompanhar o Círio e tem mais uma promessa que se acontecer em breve vocês irão ficar sabendo”.
P – Vais conseguir acompanhar ou assistir o Círio deste domingo? Se sim, será a primeira vez? O que imaginas desse momento?
R – “Sim, vou ficar com minha família para acompanhar o Círio. Vai ser a primeira vez que vamos ter a oportunidade de estar presente na maior procissão católica do mundo e tenho certeza que vai ser um momento marcante, muito emocionante no qual vou levar para o resto da minha vida. Vai passar um filme na minha cabeça juntamente com o pedido que fiz em 2020 e quatro anos depois tudo aconteceu. Então, mostra que temos que ter fé e acreditar naquilo que pedimos e almejamos, às vezes pode demorar, às vezes não é no tempo que queremos, mas é no tempo de Deus e, mais do que nunca agora, a Nazinha virou minha intercessora”.