Pará

Deputados do PL do Pará minimizam terrorismo em Brasília

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto.  Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dois deputados do Partido Liberal (PL) no Pará minimizaram os atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília. Segundo reportagem do site Intercept Brasil, 46 deputados federais eleitos em outubro de 2022 ou defenderam, incentivaram ou tentaram justificar a atitude dos bolsonaristas extremistas impondo a responsabilidade em esquerdistas infiltrados, sem comprovar a teoria, obviamente.

E dois deles estão na categoria ‘passadores de pano’ no Pará. Um deles é o delegado Éder Mauro. O segundo é Joaquim Passarinho. Ambos foram reeleitos para continuar na Câmara dos Deputados.

Éder Mauro e Joaquim Passarinho culparam ‘infiltrados’ por terrorismo no DF. Foto: Divulgação

O PL de Éder Mauro e Passarinho são maioria entre os que minimizaram ou defenderam o terrorismo, por razões que não surpreendem: estão no partido do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, que passou os últimos anos insinuando uma suposta fraude no processo eleitoral, a ponto de seus seguidores, por diversas vezes, pedirem intervenção das Forças Armadas, entre outras atitudes antidemocráticas.

BOLSONARO INVESTIGADO
No último dia 13 de janeiro, A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu e o STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja incluído no inquérito que apura a instigação e autoria intelectual dos atos golpistas que resultaram na depredação da sede dos três Poderes, em Brasília.

A inclusão de Bolsonaro no rol de investigados foi decidida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A solicitação foi feita após 80 integrantes do Ministério Público Federal pedirem ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a investigação de Bolsonaro por suspeita de incitação pública à prática de crime.

Os procuradores entenderam que o ex-presidente é suspeito de ter cometido este crime após ter postado no Facebook, na terça-feira (10), um vídeo questionando a regularidade das eleições e apagado depois.

“Ao longo dos últimos anos, Jair Messias Bolsonaro se comportou de forma convergente com amplas campanhas de desinformação envolvendo o funcionamento das instituições brasileiras e as eleições do país”, diz o texto dos procuradores.

INVASÃO E VANDALISMO
A invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF teve como consequência a prisão de centenas de pessoas suspeitas de participação no vandalismo e o afastamento do governador de Ibaneis Rocha, além de ordens de prisão contra Anderson Torres e Fabio Augusto Vieira.