Na reta final para o Círio de Nazaré, o Comando Militar do Norte (CMN) realizou ontem o último treinamento das tropas que atuarão na segurança de algumas procissões da festividade, como a Trasladação e o Círio. A tropa se reuniu no 2º Batalhão de Infantaria de Selva (2º BIS), em Belém, para um exercício que simula o isolamento e a formação de cordão humano, técnica fundamental para garantir que a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré chegue com segurança à Basílica Santuário. Ao todo, 1.400 militares estarão envolvidos na operação.
Este ano, como uma novidade, o treinamento ocorreu com a visita da Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) e do 2° Batalhão de Operações Ribeirinhas (2°Btl OpRib). Segundo o comandante do 2º BIS, coronel Rodrigo Rodrigues, o treinamento é crucial para garantir que as tropas estejam bem preparadas e coordenadas durante o evento.
“Hoje estamos realizando nosso último treinamento, preparando-nos para o Círio. Vamos empregar em torno de 700 militares próximos à Basílica. É essencial que estejamos coordenados para, no momento da chegada da berlinda, realizar a atividade com segurança e tranquilidade”, explicou. Para que tudo ocorra como o executado no treinamento, “este ano, fizemos um treinamento conjunto pela primeira vez, o que aumenta a sinergia entre as equipes e melhora a execução da operação”, complementou o coronel.
Parceria
Durante o treinamento, os militares exercitam o controle do público e a contenção em áreas estratégicas, como o entorno da Praça Santuário, onde ocorre a chegada da imagem. Assim, para a Trasladação, que leva a imagem do Colégio Gentil Bittencourt à Catedral Metropolitana, cerca de 235 militares serão responsáveis pela segurança e isolamento das estações da corda. Já no domingo, dia da grande procissão, 710 soldados estarão concentrados na região da Basílica Santuário, atuando nos acessos principais para garantir a chegada da berlinda.
Ao acompanhar e ajudar com algumas instruções, Edielson Danin, diretor de Procissões da Guarda de Nazaré, destacou a importância dessa parceria para evitar aglomerações e garantindo a segurança dos fiéis. “Sempre tivemos muito a parte teórica e hoje [estamos] na prática. E com isso, a Guarda também está fazendo um papel de um filtro junto à população. Vamos ter um guarda à frente, o Exército nos protegendo, fazendo a berlinda, para que chegue sem atrito junto à população, para que realmente a berlinda passe com mais tranquilidade e que não haja machucados ou coisas parecidas”, pontuou.