VIDAS INTERROMPIDAS

Há 28 anos, torcida do Remo lamentava a perda trágica de outro jogador promissor

A trágica história do atacante Ricardinho, é mais um capítulo recente, marcante e doloroso na história do Clube do Remo e do futebol paraense.

Andrey morreu com 21 anos de idade. Foto: Museu Azulino
Andrey morreu com 21 anos de idade. Foto: Museu Azulino

A trágica história do atacante Ricardinho, é mais um capítulo recente, marcante e doloroso na história do Clube do Remo e do futebol paraense. Aos 22 anos, ele teve a vida interrompida bruscamente na noite da última segunda-feira, 7, em Marituba, na Grande Belém, quando foi vítima de um ataque a tiros, que acabou resultando nas mortes do atleta e de outros dois jovens.

Ricardinho tinha quase a mesma idade de outro atacante promissor do clube azulino que também morreu de forma prematura. O caso ocorreu há 28 anos. A vítima foi o jogador
Andrey Benjó. Com apenas 21 anos, o jovem atacante prometia um futuro brilhante, tendo se destacado por sua velocidade e habilidade em campo. Sua morte, cercada de mistério, não só deixou um vazio no time, mas também abalou profundamente torcedores e colegas.

Segundo relatos na época, Andrey estava ao lado do amigo, o também jogador do Remo, Cléberton, que jogava como volante, quando um vigilante havia informado aos dois sobre um assalto. O então volante azulino foi buscar uma arma, que momentos depois estava na mão do jogador quando aconteceu o pior: um tiro acertou a cabeça de Andrey.

Apesar de ser socorrido em um hospital particular, a jovem promessa azulina não resistiu. Outra versão é que o atacante teria brincado com a arma, praticando roleta russa, e acabou baleado. O caso não teve um desfecho até então.

O incidente, que ocorreu em uma situação de segurança alarmante, trouxe à tona não apenas a fragilidade da vida, mas também a pressão emocional que os atletas enfrentam, tanto dentro quanto fora dos gramados. A decisão do time em entrar em campo apenas quatro dias depois, mesmo jogando com um a menos, demonstrou a força da união e da solidariedade entre os jogadores, além de uma homenagem tocante à memória de Andrey.

A vitória do Remo por 4 a 0 sobre o Vila Rica, marcada por tarjas pretas em respeito ao amigo, simboliza a resiliência do time e o desejo de honrar a memória de Andrey, que sempre será lembrado por sua contribuição ao clube e pela camaradagem que estabeleceu entre seus colegas.

Andrey chegou a atuar em algumas partidas na campanha do tetra azulino de 1996, em uma delas, a goleada de 4 a 0 em cima do Paysandu no primeiro turno.