RESULTADO

Prêmio Nobel de Medicina vai para dupla americana que descobriu o microRNA

Victor Ambros, de 70 anos, e Gary Ruvkun, de 72, receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina na segunda-feira pela descoberta do microRNA e seu papel na regulação gênica pós-transcriciona

Victor Ambros, de 70 anos, e Gary Ruvkun, de 72, receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina na segunda-feira pela descoberta do microRNA e seu papel na regulação gênica pós-transcriciona
Victor Ambros, de 70 anos, e Gary Ruvkun, de 72, receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina na segunda-feira pela descoberta do microRNA e seu papel na regulação gênica pós-transcriciona

Victor Ambros, de 70 anos, e Gary Ruvkun, de 72, receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina na segunda-feira pela descoberta do microRNA e seu papel na regulação gênica pós-transcricional. Os dois norte-americanos dividem o prêmio igualmente, que totaliza 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5,8 milhões), pela descoberta dos microRNAs e seu papel “na regulação genética pós-transcricional”, um processo fundamental para o desenvolvimento das células do nosso corpo.

Ambos os laureados dividem igualmente o prêmio, recebendo metade cada um “pelo impacto de suas contribuições no campo da biologia molecular”, anunciou o comitê do Nobel.

Gary Ruvkun, é médico e pesquisador vinculado ao Massachusetts General Hospital e à Harvard Medical School, em Boston (EUA), e foi premiado por sua pesquisa que revelou o papel dos microRNAs na regulação dos genes. Segundo o Nobel, sua descoberta ajudou a entender melhor como os genes são ativados e desativados nas células.

Já Victor Ambros nasceu em Hanover, New Hampshire (EUA) e atualmente é professor na Universidade de Massachusetts Medical School, em Worcester, Massachusetts.

O que era uma pesquisa conjunta realizada pelos dois cientistas com o verme redondo C. elegans, de apenas 1 milímetro de comprimento, a qual investigou quais genes controlam o tempo de ativação de diferentes programas genéticos resultou em mais um avanço para a Medicina. Os cientistas receberam o prêmio 31 anos após a publicação da sua descoberta.

O que é o microRNA?

O corpo de um ser humano, com seus órgãos e tecidos, têm milhares de células. No entanto, ainda que todas carreguem informações idênticas, devido ao DNA ser o mesmo, elas expressam diferentes conjuntos únicos de proteínas. Uma célula na pele tem funções diferentes de uma célula no coração, por exemplo.

O mecanismo por trás disso é a regulação da atividade genética. A pesquisa encabeçada pelos ganhadores do Nobel amplia a compreensão de como isso se dá. Apresentado ao mundo científico pela primeira vez em 1993 em dois artigos publicados na revista científica Cell, o microRNA, responsável por esta tarefa, é uma pequena molécula de RNA (ácido ribonucleico) que regula a atividade genética.

Assim, cada microRNA influencia quais genes deverão estar ativos em determinada célula. Devido a esta ação fundamental foi possível que formas de vida mais complexas existissem.

Por outro lado, a regulação anormal d pode causar consequências. Uma delas é o desenvolvimento de câncer. Já em casos de mutação, por exemplo, condições como perda auditiva congênita, distúrbios oculares e esqueléticos podem surgir.

“Curiosamente, um único microRNA pode regular a expressão de muitos genes diferentes e, inversamente, um único gene pode ser regulado por vários microRNAs, coordenando e ajustando redes inteiras de genes”, diz o comunicado do Prêmio Nobel.

Quem ganhou o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2023?

Katalin Karikó e Drew Weissman reconheceram o trabalho que levou ao desenvolvimento de vacinas potentes contra a Covid – que foram administradas a bilhões de pessoas ao redor do mundo. Os laureados pelo Prêmio Nobel ganham uma medalha, um diploma e o prêmio em dinheiro, que este ano é de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5,8 milhões).

(AG)