ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Belém foi a 1ª capital a ter o resultado definido; abstenção chegou a 19%

Uma eleição segura e com intercorrências quase que zeradas. Esse foi o balanço feito pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior

Uma eleição segura e com intercorrências quase que zeradas. Esse foi o balanço feito pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior. Foto: Antonio Melo
Uma eleição segura e com intercorrências quase que zeradas. Esse foi o balanço feito pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior. Foto: Antonio Melo

Uma eleição segura e com intercorrências quase que zeradas. Esse foi o balanço feito pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior, durante a coletiva de imprensa realizada logo após às 17h, no prédio sede do TRE do Pará, quando ainda se iniciava o processo de apuração.

As entrevistas tinham acabado de terminar quando ele anunciou oficialmente que Belém foi a primeira capital brasileira a ter o resultado matematicamente definido (por volta das 17h57) para a realização de segundo urno das Eleições Municipais 2024 entre os candidatos Igor Normando (MDB) com 44,89% dos votos válidos, e Eder Mauro (PL) com 31,48% dos votos.

O município de Ananindeua, na Região Metropolitana, foi o primeiro do país a totalizar os resultados. Em Belém, 100% das seções já tinham entregue os resultados às 18h59. O total de votos válidos foi de 798.916. Além disso, 25.373 votos foram nulos (3,01%) e 16.307 foram em branco (1,93%). A média de abstenção no Pará foi de 19%, considerada dentro do esperado pela corte eleitoral.

“Tivemos pouco mais de cem ocorrências no Estado, acha que é quase zero para o universo de seis milhões de eleitores. Credito isso ao trabalho preventivo com forças de segurança, conseguimos intimidar, no sentido de que não tivesse crime eleitoral, como a compra de votos, para que a população exercesse a cidadania sem pressão alguma. A democracia prevaleceu. Desde 2023 foi feito esse trabalho de preparação e por isso não tivemos intercorrências sérias”, a avaliou o desembargador e presidente.

Ele aproveitou a coletiva para explicar o motivo de a chapa do candidato Everaldo Eguchi, do PRTB, ter aparecido como “anulada sub júdice” no painel de resultados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): ontem mesmo a corte máxima da Justiça Eleitoral decidiu por manter uma decisão prévia do próprio TRE que indeferiu o registro de candidatura de seu vice, Fernando Bruno, da mesma sigla, considerado inelegível. A determinação acabou por “contaminar” a chapa como um todo, e portanto os 2.918 votos recebidos por Eguchi foram apurados à parte.

O desembargador Leonan Gondim fez questão de reforçar que a meta de totalizar a apuração o mais cedo possível tinha a ver com a preocupação em não acirrar possíveis provocações entre candidatos e apoiadores, principalmente no interior do estado, à espera do resultado.

“A gente pensou de forma a evitar conflitos, porque a partir de 18h é liberada a venda de bebidas alcoólicas, e aí começam as provocações, principalmente no interior. O TRE investiu cerca de R$ 20 milhões a mais do que foi investido no pleito de 2022 para garantir essa celeridade”, detalhou.

Por fim, ele celebrou uma eleição com comparecimento alto e de poucas filas. “Estimulamos eleitores à importância do voto. Voto consciente muda a história de um país”, encerrou.

Em todo o estado do Pará, foram contabilizadas 58 ocorrências com urnas eletrônicas, das quais 41 precisaram ser substituídas por urnas de contingência. Treze urnas voltaram a funcionar após terem sido reiniciadas. Dessas ocorrências, a maioria estava centralizada na capital (onze ocorrências) e em Parauapebas (seis ocorrências).