Candidato a prefeito de Terra Alta, na região nordeste do Pará, Michel Pessoa (Republicanos) concorre ao cargo 10 anos após ser preso enquanto exercia a função de Policial Militar em Belém. O DIÁRIO teve acesso ao boletim de ocorrência lavrado na época em que ele e outro cabo da PM foram presos em flagrante pelos próprios colegas de farda por extorsão mediante sequestro.
O fato ocorreu às 22h do dia 16 de agosto de 2014 e o inquérito tramitou pela Divisão de Crimes Funcionais/Corregedoria Geral de Polícia Civil.
Michel Pessoa, que era soldado, e o cabo Delson Luis, foram presos em flagrante delito. Delson acabou baleado e socorrido ao hospital após atirar contra uma guarnição da PM.
Outros dois agentes de segurança foram informados horas antes que os acusados, se dizendo policiais, levaram o dono de um restaurante e estavam exigindo dinheiro para liberá-lo. E haviam marcado um encontro para a entrega do valor, na rodovia Transcoqueiro.
A esposa da vítima e um funcionário compareceram à Delegacia do Jaderlândia e os policiais decidiram montar uma operação para pegar os dois suspeitos em flagrante.
A mulher e o funcionário foram até o local indicado, um supermercado, para fazer a troca do dinheiro pela soltura da vítima. Lá, aguardaram a chegada de Michel Pessoa e Delson Luis.
O pagamento, na época R$ 6 mil, foi realizado, a vítima liberada e, logo na sequência, os policiais que acompanhavam a esposa do dono do restaurante apareceram para dar o flagrante. O condutor do veículo e Marcos empreenderam fuga e começaram a atirar contra os policiais. Mais adiante, o carro parou e Marcos disse aos colegas que seu companheiro havia sido baleado no ombro e no antebraço. O agora candidato a prefeito de Terra Alta acabou preso em flagrante e foi transferido para o Centro de Recuperação Especial Coronel Anastácio das Neves, em Santa Izabel do Pará.
Em 15 de setembro de 2014, o Ministério Público do Estado ofereceu denúncia contra Michel Pessoa e Delson Luis. Em março de 2015, Michel foi beneficiado com a liberdade provisória. O caso ainda está em fase de audiência para instrução e julgamento e corre pela 2ª Vara Criminal de Ananindeua.