Tylon Maués
Com passagens por grandes clubes da América do Sul, como Millonarios e Vasco da Gama-RJ, o zagueiro colombiano Henríquez Bocanegra foi um dos últimos reforços a se apresentar no Paysandu. O jogador de 33 anos chegou ao clube com status de possível titular e, além disso, com histórico de liderança. Em um elenco com lideranças pulverizadas entre alguns jogadores, como o capitão Genilson e o meia Ricardinho, a presença de um novo xerife pode significar uma voz a mais dentro de campo. Pelo menos é assim que o jogador se vê e também espera contribuir com o Papão, além da parte técnica.
“Isso é normal. É um compromisso meu, também. Vim para cá também, para chamar a responsabilidade. Mas meu papel é maior que isso. Trabalho em prol do time e em prol dos meus companheiros. Para que consiga fazer isso, terei que ser uma referência, uma peça importante no grupo”, comentou Bocanegra.
O zagueiro completou sobre o trabalho feito no dia a dia, também fora do gramado, onde é preciso dar exemplo de comprometimento. “Onde passei deixei uma imagem positiva quanto profissionalismo, entrega e comprometimento. Espero que não seja diferente aqui no Paysandu. Espero que com trabalho e compromisso eu obtenha o reconhecimento da torcida do Paysandu”.
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Ao falar sobre as próprias características, Bocanegra foi enfático ao falar não só da liderança, mas da doação em campo em prol do clube e dos companheiros. “Experiência e liderança, a comunicação dentro do jogo, tentar orientar os meus companheiros e a fortaleza que consigo formar pela minha postura e estilo de jogo. Essas são minhas principais características. Depois, sou um cara ‘servidor’, que gosta de ser solidário dentro do campo, ajudar meus companheiros, incentivar muito. Muitas vezes, quando as coisas não estão saindo do jeito que a gente quer, é aí que eu tento sempre dar uma moral aos meus companheiros. Sei que o Paysandu vem lutando há vários anos com a ideia do acesso e acho que é importante sempre ter atletas que incentivem a ser otimista, que incentivem na esperança, na motivação. Essa é minha fortaleza”.
EXEMPLO ARGENTINO – Bocanegra comentou saber que o Paysandu vem buscando o acesso para a Série B nos últimos anos, e que por isso é importante ter atletas que incentivem e busquem ajudar na liderança. Ele citou como exemplo o vencedor da última Copa do Mundo como sinal de perseverança e de acreditar no próprio potencial para chegar aos seus principais objetivos.
“Temos que persistir. Às vezes não acontece como queremos, mas desistir nunca. A seleção da Argentina é um exemplo, que perdeu cinco decisões seguidas até ser campeão da América e do Mundo. É uma questão de acreditar no projeto. Parte do elenco ficou, a comissão técnica é a mesma e há o apoio da diretoria. O Paysandu segue uma linha de projeto e isso é um bom caminho para se chegar aos seus objetivos”.
