O primeiro “Encontro das Mulheres do Pará: A Força que Transforma”, que ocorreu ontem (25), no auditório da Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), no bairro de Nazaré, em Belém, reuniu mulheres de diferentes municípios do Estado que trabalham no agronegócio.
O foco do encontro foi a representação das mulheres como porta-vozes do setor por meio das Comissões nos municípios paraenses. O evento foi idealizado pela Comissão Nacional das Mulheres do Agro (CNMA) junto ao Sistema da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará e do Serviço Nacional de Aprendizagem (FAEPA/SENAR).
O presidente da Faepa, Carlos Xavier, destacou que é preciso mostrar à sociedade paraense as potencialidades que o Pará tem no sentido de extensão de território, estabilidade climática, de água e energia, podendo tornar-se o primeiro Estado no que diz respeito ao desenvolvimento humano no Brasil.
“Com esse objetivo, nós estamos trazendo essas mulheres que nos auxiliam nas propriedades e ninguém faz nada só, você tem que ter parceiros e precisamos ampliar essa parceria para atingir esse objetivo. E a transformação da sociedade não tem outro caminho, é o caminho da produção, e para mudar é dessa maneira, organizando, com palestras no nosso interior, trazendo agregação tecnológica”, ressalta.
Segundo a presidente da Comissão Estadual das Mulheres do Agro, Cristina Malcher, cerca de 35% das propriedades rurais do Brasil são geridas por mulheres que corroboram para a economia dos municípios e do país como um todo. Ainda de acordo com Cristina Malcher, a mulher do agro no Pará tem tudo para crescer e protagonizar o setor.
“Nós temos um Estado enorme, então esse evento é muito importante uma vez que une mulheres de diferentes localidades, então esse movimento foi no sentido de fazer essa interlocução entre todas nós, mas também para que todas tenham o conhecimento das comissões estaduais e de como fazer para instalar uma comissão, fortalecendo o movimento”, destaca.
Recém-formada, a comissão de mulheres do agro de Dom Eliseu, presidida por Glaucia Almeida, já conta com 14 mulheres. A presidente afirma que a criação da comissão fortalece e organiza essas mulheres que contribuem para a produção pecuária, de soja e milho na região. “Entendemos que não podemos atuar apenas nas fazendas, mas fora, pois não estamos contentes com muitas coisas. É entusiasmante, nós também queremos fazer parte disso e influenciar”, comenta.