Nesta quarta-feira (25), durante o evento especializado no mercado de carbono, promovido pela The Nature Conservancy (TNC), em Nova Iorque, o governador do Pará, Helder Barbalho afirmou que o crédito de carbono é o caminho para a independência financeira dos povos originários da Amazônia.
O posicionamento do chefe do Executivo paraense faz menção ao acordo histórico assinado pelo Governo do Estado, que comercializou quase R$ 1 bilhão em créditos de carbono e garantir financiamento da Coalizão LEAF para apoiar seus esforços de redução do desmatamento.
Os recursos serão utilizados, a partir de 2025, para financiar programas que buscam reduzir ainda mais o desmatamento, além de apoiar o modo de vida dos povos tradicionais e o desenvolvimento sustentável. Esses programas compartilharão, equitativamente, os benefícios econômicos com os povos indígenas, quilombolas, comunidades extrativistas e agricultores familiares que estão na linha de frente na luta contra o desmatamento.
“O dia de ontem é o início da independência financeira e social dos povos tradicionais da Amazônia. Vocês não mais precisarão bater a porta de governo para pedir que eles façam as suas obrigações como se fosse voluntarismo, uma ação de favor ou filantropia. Os povos originários passarão a ter autonomia para gerenciar a vida de vocês”, enfatizou Helder Barbalho.
“Os povos originários do Pará irão virar a página da miséria e da dependência e passam a ter um novo desafio de bem utilizar os recursos que estarão financiando uma nova história nos povos tradicionais da floresta”, completou o chefe do Poder Executivo Estadual paraense.A comercialização histórica feita pelo Governo do Pará impactou o mercado ambiental global. Jennifer Morris, diretora Executivo da The Nature Conservancy, elogiou o feito do Governo do Pará e destacou o empenho do governador Helder Barbalho. “Um feito importante que tem que ser reconhecido. A propósito, também devemos celebrar o governador por também ter COP 30 em Belém. Vai ser incrível. Espero que todos vocês estejam lá para apoiar o Estado neste esforço”, exclamou.
Jennifer Morris também destacou que para o mercado de carbono se estabilizar ele precisa ganhar escalas. “Estamos em 80 países e estamos vendo isso in loco para criar mercado de carbono com integridade que possa ganhar escalar e dar benefícios reais. Não é só por questões de conservação ou humanitárias, mas porque acreditamos que é uma ferramenta essencial para garantir que possamos tratar as questões de emissão de carbono”, disse.
The Nature Conservancy (TNC), traduzido em sua literalidade como A Conservação da Natureza, é uma organização ambiental global sem fins lucrativos que trabalha para criar de forma global na preservação da natureza. Desde nossa fundação, em 1951, a TNC já ajudou a proteger mais de 47 milhões de hectares de terra e 8 mil quilômetros de rios no mundo, operando também em mais de 100 projetos de conservação marinha. Contam com mais de 1 milhão de membros trabalhando em 76 países e territórios.