No final da tarde desta segunda-feira, 23, o Boto Tucuxi foi consagrado vencedor do tradicional Festival dos Botos, realizado durante o Çairé 2024, em Alter do Chão. Com uma pontuação de 475,5 contra 473,5 do Boto Cor de Rosa, o Tucuxi conquistou o tricampeonato, consolidando-se como uma das agremiações mais vitoriosas e queridas do festival.
A apuração, que aconteceu há pouco no Lago dos Botos, encerrou mais uma edição do Çairé com uma vitória emocionante para os fãs e apoiadores do Boto Tucuxi. O tema “Morada Pirajaguara”, defendido pela agremiação, foi um dos pontos altos da performance, destacando a relação ancestral do boto com as comunidades ribeirinhas e a preservação ambiental.
A apresentação do Boto Tucuxi, realizada no sábado, 21, foi marcada por uma combinação impecável de cores, emoção e energia, capturando o público desde o início. O espetáculo contou a lenda do boto Tucuxi, chamado de “Pirajaguara” pelos povos ribeirinhos, conectando-o à luta pela preservação da Amazônia. A narrativa foi enriquecida por danças, músicas regionais e alegorias que exaltavam a força da mitologia amazônica e a união entre o homem e a natureza.
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A obra foi escolhida por unanimidade pela Comissão de Seleção, com Bárbara Paz como presidente.
“Essa vitória é de todos que se dedicaram de corpo e alma à nossa apresentação. O Tucuxi é a força da coletividade e da preservação da nossa cultura e do meio ambiente. Estamos emocionados por conquistar esse tricampeonato, afirmou Ana Maria Pinto, presidente do Boto Tucuxi.
O Boto Cor de Rosa também brilhou com o tema “Rikwé e Tradição”, que trouxe uma mensagem de alerta sobre as mudanças climáticas e a necessidade de preservar a biodiversidade amazônica. Com uma diferença de apenas dois pontos, o resultado final reforçou a qualidade das apresentações e o alto nível de competitividade entre as duas agremiações.
Com a vitória em 2024, o Boto Tucuxi agora celebra o tricampeonato, consolidando uma trajetória de sucesso no festival, que já dura 25 anos. Fundado em 1999, o grupo acumula agora 13 títulos em sua história, sempre se destacando pela qualidade artística e pelo envolvimento com as questões sociais e ambientais da Amazônia.
