Em celebração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, no último domingo (22), foi realizado na praça da Batista Campos, a “Caminhada de Luta da Pessoa com Deficiência”, que reuniu ativistas, familiares e aliados.
Scheilla Abbud, diretora de Inclusão e Permanência Estudantil da EUPA, autista e surda, destacou que a luta é contínua e que a mobilização é essencial para garantir que os direitos sejam efetivamente respeitados. “Mais do que implementar leis, é importante que os sistemas cumpram as determinações legais, que garantam a acessibilidade que é necessária a cada sujeito dentro da sua especificidade, seja uma pessoa com deficiência, seja uma pessoa autista.”
Diversas organizações estiveram presentes, incluindo a ONG AMORA, uma das organizadoras do evento. E de acordo com a fundadora, Maria Cristina dos Santos Costa, o cortejo é uma forma de reivindicar os direitos dos deficientes e de lembrar que a inclusão ainda é um desafio. “A primeira caminhada surge como iniciativa para chamar a atenção da sociedade que as pessoas com deficiência que não estão ocupando um lugar que lhe é de direito na sociedade. Então essa caminhada é para tirar a invisibilidade, garantir os direitos da pessoa com deficiência e compartilhar, um pouco do saber, um pouco da experiência de cada um, um momento de reencontro de pessoas que lutam todos os dias pelo reconhecimento”, explicou.
O cortejo foi realizado em volta da praça da Batista Campos. Vanessa Brito, deficiente visual, compartilhou sua experiência: “Estamos aqui para mostrar que não queremos apenas ser vistos, mas ouvidos. Nossos direitos devem ser garantidos, e essa caminhada é um passo importante nessa direção. As calçadas, os transportes, tudo precisa ser adaptado. É fundamental que as cidades sejam pensadas para todos.”
A professora Maria Fernanda, que atua em escolas inclusivas, destacou a importância da educação. “Precisamos educar as crianças desde cedo para que compreendam e respeitem as diferenças. Isso é fundamental para um futuro mais inclusivo.”