Pará

Helder repudia atos terroristas e Pará envia 60 PMs para controlar situação

Segundo as informações fornecidas pela cúpula dos três Poderes, o STF teve o maior prejuízo, com um valor de R$ 11,4 milhões até agora entre dinheiro já desembolsado e estimado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Segundo as informações fornecidas pela cúpula dos três Poderes, o STF teve o maior prejuízo, com um valor de R$ 11,4 milhões até agora entre dinheiro já desembolsado e estimado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador Helder Barbalho (MDB) ofereceu ajuda das forças de segurança do Estado para ajudar a controlar a situação no Distrito Federal em meio ao caos provocado por terroristas ligados ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Na noite deste domingo, 8, o governador informou que 60 policiais do Comando de Missões Especiais e Batalhão de Choque em apoio ao Governo Federal para ajudar o país a voltar à normalidade. “Não podemos aceitar atos terroristas e temos que nos unir em favor da Democracia”, disse Helder.

PM do Pará foi acionada para evitar possíveis ataques a prédios públicos em Belém. Foto: Divulgação

Horas antes, o governador havia condenado os atos golpistas e terroristas em Brasília. “Repudio as cenas de invasão do Congresso, do Supremo e do Palácio – além de vandalismo e apologia contra o Estado Democrático de Direito. Nossas forças de segurança estão mobilizadas e não aceitaremos este tipo de situação no Pará. Aqui é Lei e Ordem”.

Por precaução, a Polícia Militar do Estado destacou vários militares para proteger prédios públicos da capital, numa prevenção a eventuais atos golpistas de bolsonaristas em Belém.
O senador paraense Jader Barbalho (MDB) também manifestou seu repúdio contra os atos. “Tem que haver a dura aplicação da lei, inclusive naqueles que são coniventes com essa situação. A sociedade brasileira precisa tomar conhecimento das providências punitivas”, declarou Jader.

A deputada federal Elcione Barbalho (MDB) também condenou os atos de terrorismo. “As eleições já acabaram! O povo escolheu a democracia. É lamentável o que está acontecendo na Praça dos Três Poderes, em Brasília”.

Já o psolista Edmilson Rodrigues, prefeito de Belém, cobrou a punição dos golpistas após os atos de vandalismo contra prédios públicos. “Tão importante quanto punir os terroristas que promovem atos de violência em Brasília, é também identificar e responsabilizar os articuladores, financiadores, e as autoridades cúmplices desses ataques à democracia”.
O Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região classificou as cenas como atos de terrorismo.

“O Tribunal Regional do Trabalho da 8a Região, vem a público repudiar os atos terroristas absurdos, violentos e inaceitáveis cometidos na tarde de hoje (8/01), em Brasília, contra o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, que buscam enfraquecer a República brasileira, atingida na sede de seus três Poderes.
É imperativo afirmarmos que os atos de hoje não são democráticos e nem manifestação do povo, são, isso sim, atos terroristas contra o Estado Brasileiro”.

O Ministério Público do Estado assinou nota conjunta com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), onde expressa o “seu mais profundo repúdio aos atos criminosos que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes do Estado. Tais atos antidemocráticos transcendem o limite constitucional da liberdade de expressão, configurando-se como crimes que devem ser apurados e julgados na forma da lei”.

Os militantes golpistas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, deixando um rastro de vandalismo e destruição. Os criminosos também entraram em confronto com as forças de segurança.

Os atos de violência acontecem uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na presidência da República. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se recusam a aceitar o resultado das eleições, na qual Lula se sagrou vencedor.