ECONOMIA

Consórcio ou financiamento? Conheça a melhor opção para cada bolso 

Na hora de realizar o sonho do primeiro carro ou imóvel, a escolha certa faz toda a diferença. Descubra como consórcio e financiamento se encaixam no seu orçamento!

Foto: Reprodução/Shutterstock
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Ao decidir adquirir um imóvel ou carro, muitos se deparam com a dúvida: optar por um consórcio ou financiamento? Ambas as modalidades têm suas particularidades e são utilizadas na compra de bens de alto valor, mas funcionam de maneiras distintas.

Max Bianchi Godoy, professor de Ciências Contábeis do Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica que no financiamento o consumidor contrai um empréstimo de uma instituição financeira e recebe o bem imediatamente, pagando parcelas com juros. Em contrapartida, no consórcio, o consumidor participa de um grupo que contribui mensalmente para um fundo comum, pagando apenas uma taxa administrativa. O bem é adquirido quando o consorciado é sorteado ou dá o maior lance.

Essas diferenças geram vantagens e desvantagens. O consórcio, por não ter juros, pode resultar em um custo total menor e permite planejar a compra sem endividamento imediato. No entanto, a incerteza sobre quando o bem será adquirido pode ser uma desvantagem significativa.

Por outro lado, o financiamento possibilita a aquisição imediata, mas o custo total é geralmente mais alto devido aos juros. Godoy ressalta que os juros podem ser especialmente elevados em contratos de longo prazo.

Em relação às taxas, no consórcio não há juros, apenas taxas de administração, que variam conforme a administradora. No financiamento, os juros incidem sobre o valor emprestado, o que torna o consórcio uma opção atraente para quem pode esperar pela compra, especialmente para planejamentos de longo prazo.

Qual modalidade é ideal para você?

O consórcio oferece mais flexibilidade, permitindo antecipação da contemplação por meio de lances, embora os prazos sejam fixos. O financiamento, por sua vez, tem prazos mais flexíveis e possibilidade de renegociação, mas sempre com juros.

Em caso de desistência, no consórcio o cliente pode receber de volta os valores pagos, mas somente após o encerramento do grupo, sem restituição imediata das taxas. No financiamento, a desistência pode resultar na perda do bem e penalidades severas, como multas e negativação do nome.

Godoy aconselha verificar se a administradora do consórcio ou a instituição financeira é autorizada pelo Banco Central, além de analisar sua reputação e taxas. Para financiamentos, é crucial comparar as taxas de juros e ler atentamente o contrato.

Em resumo, conhecer bem ambas as opções ajuda a escolher a que melhor se alinha ao perfil e às necessidades do comprador.