CRIME BRUTAL

Suspeito mata a esposa, joga o corpo em mala e esconde cadáver na floresta no Pará

Suspeito voltou ao local do crime
Suspeito voltou ao local do crime

O desaparecimento de Karine Gabriele Santos no município de Uruará, na região sudoeste do Pará, ensejou uma investigação profunda que culminou com um cumprimento de mandado de prisão temporária e busca e apreensão pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.

A Delegacia de Polícia Civil de Uruará deflagrou a “Operação Stalker” e deu cumprimento a um mandado de prisão temporária e dois mandados de busca e apreensão criminal decretados pelo juízo da Comarca de Uruará em Inquérito Policial que apurava o desaparecimento de Karine Gabriele Santos, a qual teria supostamente saído de Uruará em 07/07/2024.

A investigação foi iniciada a partir de Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher Virtual e tramitado para a delegacia de Uruará, a qual deu início à apuração dos fatos, sendo possível constatar por meio de técnicas avançadas de investigação e inteligência policial que Wandeilson de Assis Barbosa, companheiro da vítima, usou o aparelho celular desta por cerca de um mês após seu desaparecimento.

O uso era para dar a entender que a vítima estava viva, mas informava localização que não coincidia com as informações prestadas por ela própria. Além disso, a vítima não recebia ligações de WhatsApp e não mandava mensagem de áudio, o que aumentou as suspeitas de que ela estivesse morta e seu aparelho celular usado por um terceiro.

No mesmo período, a Polícia Civil de Minas Gerais encaminhou Boletim de Ocorrência sobre o registro do desaparecimento feito por familiares naquele Estado, acrescentando mais informações úteis aos autos.

Com o deferimento de medidas cautelares judiciais, associadas a outras técnicas de apuração, foi possível refazer os últimos passos da vítima, havendo indícios que, de fato, o suspeito usava o telefone da vítima, culminando nesta quarta-feira (18) na prisão do suspeito e a localização do cadáver da mulher em uma área de floresta a cerca de 40 km da sede de Uruará.

CORPO NA MALA

No momento da prisão, o suspeito colaborou com a equipe policial e indicou que, fazendo uso de uma motocicleta, levou a vítima numa mala, tendo descartado o corpo cerca de um quilômetro dentro da floresta.

No local foram encontrados ainda diversos pertences da vítima, incluindo um cartão de crédito, bem como, além da mala, cordas, liga, cinto, lençol e algumas roupas da vítima.

Diante disso, a Polícia Científica foi acionada e realizou perícia no local e realizou a remoção do cadáver para necropsia. Durante o cumprimento das diligências, foi necessário o uso de algemas para evitar fuga de Wandeilson de Assis Barbosa conforme versa a Súmula Vinculante 11 do STF.

A Polícia Civil contou ainda com apoio da Polícia Militar na preservação do local, sendo que o suspeito encontra-se à disposição do Poder Judiciário onde vai responder pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.