Festival internacional trará o melhor do chocolate e do cacau

O Festival Internacional do Chocolate e do Cacau – Chocolat Amazônia e Flor Pará 2024 foi oficialmente lançado ontem, em Belém, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa). O evento, que promete reunir mais de 800 produtores e empreendedores do setor, será realizado de 26 a 29 de setembro no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, celebrando o cacau paraense e as suas amêndoas premiadas mundialmente.

A cerimônia de lançamento destacou o papel do Pará como o maior produtor de cacau do Brasil, com uma produção que já ultrapassa a da Bahia, tradicionalmente conhecida por sua cacauicultura. “O Pará se consolidou como um grande protagonista na produção de cacau e, com isso, nossos produtores têm ampliado sua participação no mercado internacional”, disse Carlos Xavier, presidente da Faepa.

Ele ressaltou que o festival é uma vitrine importante para valorizar o produto local, destacando a verticalização da produção, que permite que mais amêndoas sejam processadas no próprio Estado, agregando valor e gerando empregos. “Temos clima, água, a geração de energia e hidrelétrica para poder fazer a irrigação e tornar o Pará o primeiro produtor de cacau. Vai completar 10 anos que nós passamos da Bahia e a nossa produtividade é 5 vezes a produtividade da Bahia. Nós temos que ganhar e dar valor é aqui, a todos nós paraenses”, afirmou

Para Giovanni Queiroz, titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap), responsável pela organização do evento, a festividade continua indo ao encontro de uma demanda mundial, que agora é representada pelo crescimento da lavoura de cacau paraense. “A matriz do cacau é a Amazônia. Nós, do Pará, temos uma densidade e intensidade de cacau nativo [de forma] extraordinária. Nós ganhamos uma notoriedade por termos a melhor amêndoa do mundo – fomos premiados o ano passado, estive em Amsterdã recebendo esse prêmio com produtores aqui da região”, relembrou.

O Festival Chocolat Amazônia 2024 não apenas promove a comercialização de chocolates e derivados, como também oferece uma programação variada que inclui fóruns técnicos, oficinas gastronômicas com chefs renomados, rodadas de negócios e atrações culturais. Somente no ano passado, conforme Giovanni Queiroz, o evento reuniu cerca de 100 mil pessoas. Este ano a expectativa é aumentar o público. “Este é o maior festival do setor na América Latina, e nossa expectativa é receber mais de 120 mil visitantes este ano”, explicou.

Samuel Cruz, de 18 anos, jovem empreendedor da fábrica Da Cruz Chocolates, localizada em Ananindeua, diz que a cada edição, o festival gera mais oportunidades de negócios. “Temos grandes preparações para esse evento. Uma é o nosso stand mesmo. E a outra é a questão da fabricação do chocolate. A gente sempre tem que ter um estoque muito grande, porque esse é um evento de boa venda”, comentou.