A exemplo dos médicos da Icoaraci, os profissionais que trabalham na UPA Marambaia estão com os atendimentos paralisados desde o dia 25 de dezembro. Eles informaram que o movimento é por tempo indeterminado, até que a Prefeitura de Belém providencie a regularização dos plantões realizados em outubro e novembro.
Segundo os médicos, o último pagamento realizado foi referente ao mês de setembro. Através de um informe, o movimento afirmou que irá restringir os atendimentos a 30% do fluxo, mantendo assistência somente aos pacientes laranjas e vermelhos, que são casos mais graves de acordo com a classificação de Manchester. O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) já solicitou audiência ao secretário de saúde Pedro Anaisse para solucionar a situação.
Segundo o comunicado, os médicos vêm solicitando há várias semanas informações sobre o repasse à equipe médica e não obtiveram retorno, assim como por parte da Secretaria de Saúde e da direção técnica da unidade.
O comunicado ainda relata que devido aos atrasos, os profissionais passam por uma situação financeira insustentável e de insegurança no sustento familiar. A paralisação das atividades na unidade não foi a única realizada em 2022, já que o cenário ocorre há pelo menos um ano.
“O descaso com os médicos e com a população que depende das Unidades de Pronto Atendimento tem ocorrido há muito tempo, mas a cada dia piora. Além de atrasar o pagamento de toda a equipe da saúde, de limpeza e segurança, tornando impossível o sustento de cada profissional e de suas respectivas famílias. As unidades de saúde estão com falta de medicações básicas, soros, jelcos, exames, como gasometria arterial, radiografia e falta de infraestrutura com ar condicionados inoperantes. Tudo isso tem gerado caos na saúde e prejuízo diário à população mais humilde”, detalha um médico da UPA Marambaia, em informação dada ao Sindmepa.
Os médicos ressaltam ainda que a paralisação das atividades deve seguir até que sejam efetuados os pagamentos dos meses em atraso, outubro e novembro.