A Justiça revogou a prisão domiciliar de Deolane Bezerra. Com a decisão, ela voltou à Colônia Penal Feminina de Recife. A influenciadora e advogada teria descumprido duas medidas cautelares impostas pelo Judiciário. Ela teria ido assinar os termos da prisão e foi informada imediatamente da revogação.
As regras determinavam que Deolane não poderia se pronunciar publicamente sobre a prisão nas redes sociais ou meios de comunicação. Mesmo assim, ela falou na saída do Fórum com a imprensa e fez uma postagem nas redes sociais com uma mordaça na boca, dizendo que sofreu abuso de autoridade.
Ela havia saído da prisão usando tornozeleira eletrônica e deveria cumprir prisão domiciliar. A revogação da prisão domiciliar foi comunicada à no início da tarde, na12ª Vara Criminal.
De acordo com a decisão judicial, Deolane deveria permanecer ainda sem contato com outros investigados e ficar em endereço residencial, inclusive nos finais de semana e feriados.
Deolane é investigada por suspeita de envolvimento em uma suposta organização criminosa que atua em jogos ilegais e lavagem de dinheiro e que teria movimentado quase R$ 3 bilhões.
Em mensagem escrita na prisão e divulgada em suas redes sociais no domingo (8), antes da decisão, Deolane havia reafirmado que que é inocente e que não há “uma prova sequer” contra ela.
Deolane e a mãe foram presas na na operação Integration, deflagrada na capital pernambucana e em outros quatro estados. A investigação foi iniciada em abril de 2023, para identificar e desarticular organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Conforme o inquérito, a suposta quadrilha usava várias empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio, seguros e outras para lavagem de dinheiro feita por meio de depósitos e transações bancárias.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, um Lamborghini Urus ostentado nas redes sociais foi central para a prisão da influenciadora. O carro de luxo, comprado no segundo semestre de 2023, pertencia anteriormente à empresa Esportes da Sorte, apontada como principal agente no esquema investigado.
O Lamborghini, adquirido através de sua empresa Bezerra Publicidade e Comunicação LTDA por R$ 4 milhões, foi revendido pouco tempo depois, o que foi visto pelos investigadores como indício de lavagem de dinheiro. (com informações da Folhapress)