SAÚDE

Ministério da Saúde reforça importância da vacinação contra a Covid-19

Pessoas com 60 anos ou mais estão entre o público prioritário para a vacina. Imunizantes protegem contra complicações e reduzem chance de morte pela doença

A Prefeitura de Belém informa que a rede municipal de saúde está abastecida com as vacinas Pfizer bivalente e Conoronavac monovalente contra a Covid-19. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
A Prefeitura de Belém informa que a rede municipal de saúde está abastecida com as vacinas Pfizer bivalente e Conoronavac monovalente contra a Covid-19. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

O governo federal monitora e acompanha semanalmente a circulação de vírus respiratórios e a demanda assistencial nos estados brasileiros. Em 2024, até o momento, foram registradas cerca de 112 mil hospitalizações e 7 mil óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desses óbitos, 25% foram por covid-19, sobretudo em pessoas com 60 anos ou mais, segundo o Informe da Semana Epidemiológica 35. Nesse cenário, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação contra influenza e contra a covid-19, especialmente para os idosos. 

O relatório InfoGripe da Semana Epidemiológica 35, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reforça a estatística e informa que 17 estados brasileiros apresentam tendência de alta de SRAG a longo prazo: AL, AP, AM, CE, DF, ES, GO, MG, PB, PR, PE, PI, RJ, RR, SC, SP e SE. 

“Oferecemos o imunizante mais atualizado contra a covid-19 no SUS. Além disso, acabamos de dar início à vacinação contra a influenza na região Norte e há vacina disponível também nas demais regiões. As duas vacinas protegem contra casos graves e evitam óbitos por esses vírus”, destaca a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

A pessoa que apresentar sintomas compatíveis com síndrome gripais, tais como febre, tosse, dor de garganta e/ou coriza, com ou sem falta de ar, deve procurar imediatamente o serviço de saúde e seguir as orientações médicas. 

O uso de máscaras, preferencialmente PFF2 ou N95, é indicado para profissionais em ambientes assistenciais, conforme as recomendações da Anvisa, para pessoas com sintomas respiratórios e também para a proteção de pessoas saudáveis, especialmente aquelas que fazem parte dos grupos de risco ou frequentam ambientes aglomerados e mal ventilados. 

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, ainda, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para o tratamento da covid-19 em pessoas acima de 65 anos ou imunocomprometidas, com teste positivo há menos de cinco dias. É necessária atenção ao protocolo de manejo clínico dos casos de gripe para uso adequado do antiviral oseltamivir. 

Vacina contra covid-19

O Ministério da Saúde recomenda a vacinação contra a covid-19 para os seguintes grupos prioritários:

  • pessoas com 60 anos ou mais;
  • pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI) e seus trabalhadores;
  • pessoas imunocomprometidas;
  • indígenas;
  • ribeirinhos;
  • quilombolas;
  • gestantes e puérperas;
  • trabalhadores da saúde;
  • pessoas com deficiência permanente;
  • pessoas com comorbidades;
  • pessoas privadas de liberdade (a partir de 18 anos);
  • funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; e
  • pessoas em situação de rua. 

A vacinação é recomendada no calendário de rotina para crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade. Pessoas entre cinco e 59 anos de idade que não fazem parte dos grupos prioritários e nunca foram vacinadas podem receber o esquema primário (uma dose da vacina XBB). 

Vacina contra a influenza

O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação contra a gripe para redução das hospitalizações e óbitos por influenza, que está orientada para pessoas acima de seis meses de idade, conforme a disponibilidade de doses e necessidade local, nas regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, e continuará até o fim dos estoques. 

Até 3 de setembro, 44,8 milhões de doses foram aplicadas, com cerca de 50% de cobertura vacinal em idosos, gestantes, puérperas, crianças e povos indígenas. É essencial incentivar esses públicos a serem vacinados, pois são grupos com maior vulnerabilidade a formas graves. 

Considerando a diferença de sazonalidade da influenza no Brasil, a campanha na região Norte teve início na última segunda-feira, 2 de setembro. Em 2023, o Ministério da Saúde mudou a estratégia de imunização, tradicionalmente realizada entre os meses de abril e maio, para atender às particularidades climáticas da região, que inicia nesta época do ano o “Inverno Amazônico”. Este é o período de maior circulação viral e de transmissão da gripe. 

Essa vacina pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes, incluindo a vacina contra covid-19. Crianças que serão vacinadas pela primeira vez devem tomar duas doses, com intervalo de 30 dias. 

*Fonte: Ministério da Saúde