MATOU E FUGIU

MP oferece denúncia por feminicídio; vítima morreu na Condor e namorado é o suspeito

MP oferece denúncia por feminicídio qualificado

Na 41ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno, realizada no dia 30 de outubro, uma importante vitória foi conquistada por Laércio Soares de Brito, candidato ao cargo de Promotor de Justiça no Ministério Público do Estado do Pará (MPPA)
Na 41ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno, realizada no dia 30 de outubro, uma importante vitória foi conquistada por Laércio Soares de Brito, candidato ao cargo de Promotor de Justiça no Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) Foto: Divulgação

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) através do 3º Promotor de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Franklin Lobato Prado, ofereceu denúncia criminal na 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Belém, em desfavor de um acusado de praticar feminicídio qualificado em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher. O caso ocorreu em Belém, no dia 28 de junho de 2024.

Segundo os autos da denúncia, a vítima namorava o denunciado há aproximadamente três anos e residiam em uma quitinete no bairro da Condor, e que no momento do crime a vítima estava com ele na residência, onde por volta das 15h16, a vizinhança relatou ter ouvido gritos de briga oriundos da residência, juntamente com pedidos de socorro da vítima, situação que foi confirmada pelo aúdio das câmeras de segurança instaladas na entrada da quitinete. Naquele momento, a vítima já tinha vindo à óbito, mas só foi encontrada horas depois pela proprietária da quitinete.

Mais tarde, às 15h48, as câmeras de segurança da entrada do quitinete registraram o réu saindo do local do crime com um carrinho de mão, usando blusa, short vermelho e de pés descalços, ao que os populares informaram que o viram embarcando em uma van. Atualmente, o réu encontra-se foragido, não sendo possível dar cumprimento ao mandado de prisão preventiva em virtude da ausência de sua localização. 

Ainda de acordo com o documento, os laudos necroscópicos e de local do crime ainda estão em andamento pela Polícia Científica do Pará, mas o laudo pericial inicial indica que a vítima sofreu um ataque brutal que envolveu tanto agressões físicas quanto estrangulamento, com a causa da morte sendo não natural, tendo como causa provável de morte traumatismo crânio facial e asfixia mecânica por constrição externa de pescoço

Com base nisso, ante o exposto e mais o que dos autos consta, o Ministério Público requer através da denúncia, que seja designado dia e hora para audiência de instrução para pronunciar o denunciado a fim de submeter o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri e, consequentemente, condená-lo nas sanções penais e nos danos morais em favor da família da vítima.