ATRAÇÃO

Domingo foi dia de programações de cinema nas ruas de Belém

Projeto leva sessões de cinema para a frente do cinema Olympia durante a reforma da sala

Domingo foi dia de programações de cinema nas ruas de Belém Domingo foi dia de programações de cinema nas ruas de Belém Domingo foi dia de programações de cinema nas ruas de Belém Domingo foi dia de programações de cinema nas ruas de Belém
Projeto leva sessões de cinema para a frente do cinema Olympia durante a reforma da sala. Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará.
Projeto leva sessões de cinema para a frente do cinema Olympia durante a reforma da sala. Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará.

Na noite de ontem (8), a avenida Presidente Vargas foi palco da 4ª edição do Olympia na Rua, que celebrou o cinema paraense com a exibição de curtas-metragens. Já no espaço do Ver-o-Rio, os visitantes puderam assistir uma sessão de cinema pelo CineLab

“Eu amo sair em família para aproveitar os espaços de lazer que temos aqui na capital, é uma tradição. E quando eu fiquei sabendo da sessão gratuita de cinema ao ar livre, logo pensei nas memórias boas que o momento iria proporcionar para a gente”, afirmou Kercia Queiroz, arquiteta e urbanista.

Opinião que o Daniel Farage, advogado, faz questão de compartilhar. “Está sendo uma experiência única, mas meio que já era de se esperar, né? Aqui tá tudo combinando: o prazer de assistir a um bom filme com a oportunidade de desfrutar do ambiente natural, em família”, declarou.

A curadoria dos filmes é assinada por Marco Antônio Moreira, presidente da Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA), que também foi o apresentador do evento. Entre os destaques desta quarta edição estava o videoclipe “Suíte Olympia”, uma homenagem do violonista Salomão Habib ao centenário do Cinema Olympia, responsável por abrir o evento e com direito a uma homenagem musical.

Já para encerrar a noite cinematográfica, o curta “Josephina”, de Zienhe Castro, resgatou a lenda urbana da Mulher do Táxi, trazendo um olhar poético e experimental sobre a trágica história de Josephina Conte, que faleceu aos 16 anos em 1931. As sessões aconteceram durante o período em que o Cine Olympia – o mais antigo em funcionamento do Brasil – passa por obras de requalificação. Por isso, a ideia do projeto é manter viva a tradição do cinema público.

“É um projeto simbólico, tanto pelo impacto no cenário cultural e fomento do setor audiovisual, quanto pela democratização do acesso à cultura. Ou seja, além de ser um ótimo programa cultural é uma oportunidade de conhecer mais sobre a cinematografia local”, contou Marco Antonio Moreira.

E esclarece que o retorno do Olympia está marcado para o ano de 2025. “Esses encontros também são uma forma de manter o público belenense e todos os fãs do cinema por dentro das atualizações do processo de restauração, então a gente realiza as sessões frente ao prédio para estreitar os laços e lembrar de que, logo mais, todos irão poder adentrar os espaços do Cine Olympia”, disse.

CINELAB

Espalhados pelos espaços do Ver-o-Rio, o público que esteve presente pôde prestigiar filmes selecionados, que fazem parte de produções independentes e se dividem entre curtas e longas regionais e nacionais, como “Guardiões dos Rios” e “Antes do Prato”.

“A ideia é proporcionar acesso à cultura e a informação por meio das artes visuais, além de mostrar para a população que os espaços públicos podem ser aproveitados de diversas maneiras”, esclarece Jade Jares, coordenadora do CineLab.

Gean Marques, advogado e o seu namorado, Marco Reis, médico veterinário, estavam aproveitando a bela vista do pôr do sol, quando decidiram ficar e participar do cinema de rua. “Quando eu penso em assistir um filme, penso no sofá de casa. Mas essa programação aqui está muito legal, estou me sentindo em um filme, e isso me fez querer ficar. Pode apostar que venho mais vezes”, contou.