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'Houve crimes e serão apurados', diz diretor da PF sobre governo Bolsonaro

Bolsonaro saiu do Brasil no último dia 30 de dezembro, antes do fim de seu mandato. Foto: Estevam Costa/PR
Bolsonaro saiu do Brasil no último dia 30 de dezembro, antes do fim de seu mandato. Foto: Estevam Costa/PR

JULIANA BRAGA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Passos, afirma que haverá apuração sobre eventuais atos criminosos praticados durante o governo de Jair Bolsonaro.

“A trajetória da Polícia Federal é essa, é investigar, e seguirá assim. Houve uma série de atos praticados que são crimes, e eles precisam ser apurados”, disse à coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

“Se houve falha, se houve omissão, se houve algum problema, nos vamos avaliar a partir de agora”, declarou. Nos últimos dias, as posses do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de diversos ministros tiveram o coro de “sem anistia”, entoados por militantes de esquerda. É um pedido para que eventuais delitos do antigo governo, especialmente com relação à condução da pandemia, sejam investigados.

Passos não descartou que as investigações atinjam Bolsonaro. “O que for crime será investigado, seja de quem for”, afirma.

Questionado se casos antigos poderiam ser reabertos, o diretor-geral afirmou que ainda está tomando pé da situação. “Vamos analisar se há investigações a serem abertas, e as que já estão em andamento”, diz.

Nesta terça-feira (3), o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Benedito Gonçalves afirmou que eventuais tentativas de responsabilizar Bolsonaro e aliados por crimes cometidos durante seu mandato devem ocorrer sem perseguição.

“Eu vou repetir o que disse o ministro da Justiça [Flávio Dino]: sem perseguição, as responsabilizações serão apuradas dentro do devido processo legal, com contraditório”, declarou.