SEM SALÁRIOS E BENEFÍCIOS

Sem receber, trabalhadores fazem protesto em estação do BRT Belém

06/09/2024 19:57

Um protesto realizado na noite de ontem interrompeu os serviços na estação Maracacuera, do BRT Belém. Foto: Luiz Otávio Louredo/RBATV

Um protesto realizado na noite desta sexta-feira, 6, interrompeu os serviços na estação Maracacuera, do BRT Belém, e contou com a participação de dezenas de pessoas que trabalham no local. O motivo: a falta de pagamento salarial e outros benefícios.

Os trabalhadores, a maioria mulheres, atuam como recepcionistas da estação e alegam que estão passando por dificuldades em função dos atrasos nos pagamentos que não estariam sendo realizados pela Prefeitura de Belém.

‘Estamos há 67 dias sem receber salário, vale-transporte e vale-refeição. A maioria não está vindo porque não tem como pagar transporte para se locomover. Nós estamos vindo porqque familiares estão emprestando dinheiro, já que estamos sem condições nenhuma de vir trabalhar. Estamos com muitas contas atrasadas, sofrendo retaliações. Eu fui uma por questionar no grupo (de Whatsapp) da empresa. Pensei que essa gestão fosse séria. A gente tá dependendo de familiares pra poder colocar comida dentrpo de casa. Tenho duas crianças, moro de aluguel e nem sei como vou pagar esse mês”, disse a recepcionista Andrea Guimarães, em entrevista à RBATV.

Outra trabalhadora disse que está passando por problemas de saúde e que depende também de ajuda de amigos para custear a comida dentro de casa.

Um protesto realizado na noite desta sexta-feira, 6, interrompeu os serviços na estação Maracacuera, do BRT Belém

“Comecei a sentir dor de cabeça e dia 16 de agosto fui prestar serviço e passei mal. Pedi autorização pra sair, fui ao pronto-atendimento, e fui para casa. E amanheci o dia sem a visão, enxergo, mas não 100%. E agora estou dependendo da ajuda de amigos. Alguém vai na minha casa e leva um pacote de bolacha, de arroz e assim eu tô vivendo. Estou há dois meses sem pagar o aluguel. Sou mãe solo”, desabafou Luana Diniz, aos prantos.

Com informações de Luiz Otávio Louredo

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