Fé, devoção e agradecimentos à Santa Maria de Belém marcaram a noite para inúmeros devotos que compareceram, ontem (5), à festividade em homenagem à padroeira da Arquidiocese e da capital, realizada na Catedral Metropolitana.
“Nossa Senhora representa tudo na minha vida, e eu dedico todas as minhas homenagens à santa. É graças a ela, a minha mãe, que hoje eu posso ver o meu filho andando, sorrindo e com saúde. Então estar hoje aqui, assim como todos anos, simboliza a promessa que eu paguei a ela, com muito orgulho”, relata Mara Aviz, assistente de saúde. Com o tema “Em Belém, com Maria, Mestra da Oração”, a programação será encerrada no próximo domingo, 8.
Protetora
Tão antiga quanto a cidade, a história de Nossa Senhora de Belém está relacionada a Maria, a Mãe de Jesus, e à Belém, na Palestina, onde Jesus nasceu, segundo a tradição cristã.
De acordo com o Monsenhor Agostinho Cruz, cura da Catedral Metropolitana, a festa da padroeira remonta ao período em que a devoção à santa na capital do Pará começou, logo com a chegada das primeiras expedições portuguesas à região. “Em 1719, o Papa Clemente XI criou a diocese de Belém e designou Santa Maria de Belém como a padroeira da região. E, a partir desse ato, começam as celebrações dedicadas Nossa Senhora de Belém”, afirmou.
Noite Libanesa
Ao longo da festividade, ocorrem diferentes atividades para celebrar a devoção à padroeira de Belém, assim como homenagear diferentes culturas. E do lado de fora da Catedral, os devotos também aproveitaram a “Noite Libanesa”, uma tradição na festividade realizada há mais de 15 anos.
Segundo o Monsenhor Agostinho Cruz, as noites temáticas fazem parte de uma longa história do arraial da Sé, com registro na década de 90, mas foi somente no ano de 2010, que o arraial da Sé voltou a ser realizado na parte externa da Catedral, agregando as noites temáticas.
“Os primeiros libaneses quando chegaram em Belém, entre os anos 1950 e 1960, residiam no bairro da Cidade Velha. Daí a homenagem da noite libanesa fazer parte da festividade. É um momento cultural e festivo para os moradores da Cidade Velha, bairros vizinhos e demais áreas de Belém”, comentou.
Algo que o coordenador Noite Libanesa, Abdon Bestene, faz questão de destacar. “Essa noite libanesa serve mais para agregar o meu povo. É uma forma de confraternização, de muito amor, de muita amizade, e então a gente se une, em um momento de alegria e de reencontro, para levar um pouco do nosso saber culinário para o restante da cidade, e homenagear a nossa padroeira”, disse.