Principal artista da cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos, domingo (8), no Stade de France, Jean-Michel Jarre está negociando um megaespetáculo em Belém, durante a COP 30, em 2025 – e se possível com o DJ brasileiro Alok.
“Vou em breve ao Brasil, para falar exatamente de um projeto [com os organizadores da COP]”, disse o compositor francês à reportagem.
“Sou um grande admirador do que Alok faz. Gostaria que um dia trabalhássemos juntos”, acrescentou Jarre. “Ficaria encantado por unir forças com ele e outros criadores electro de Belém. Com todo esse lado visual de Belém, extremamente interessante, por algo que teria a vantagem de ao mesmo tempo promover a Amazônia, mas também a criação local, de maneira universal, aberta a todos através do planeta.”
Jarre é conhecido pelo posicionamento em favor do meio ambiente. “Sou um grande defensor da Amazônia, há muito tempo. Fiz inclusive um álbum com esse nome [Amazônia, 2021], para um projeto de Sebastião Salgado [fotógrafo brasileiro radicado em Paris]. E sonho há muito tempo em fazer um concerto na Amazônia.”
Enquanto esse show não acontece, o público brasileiro terá a oportunidade de ouvir Jarre, um dos nomes mais famosos da música francesa no mundo, no início e no final da cerimônia de encerramento paralímpica. Sem revelar maiores detalhes, Jarre disse que vai apresentar novos arranjos de seus maiores sucessos e uma “surpresa de três minutos” no final.
Jarre é conhecido pelos megaconcertos desde 1979, quando reuniu 1 milhão de pessoas na praça da Concórdia, em Paris.
A cerimônia de domingo será um grande show de música eletrônica, com 24 artistas franceses. A intenção dos organizadores é valorizar um gênero musical em que a França tem renome mundial. Estarão presentes várias gerações, de Jarre, 76, a Kungs, 27, nome artístico do DJ Valentin Brunel. Entre outros nomes anunciados, estão Agoria, Alan Braxe e Anetha
André Fontenelle/folhapress/paris-frança