EXPLICAÇÃO

Prestigiado, Hélio dos Anjos afirma: 'A bola está punindo porque é a fase'

A derrota para o Amazonas aumentou a crise no Paysandu, além de ampliar para nove jogos o número de partidas que o time não vence na Segundona

O Paysandu perdeu para o Amazonas. Foto: Wagner Almeida/Diário do Pará
O Paysandu perdeu para o Amazonas. Foto: Wagner Almeida/Diário do Pará

A derrota para o Amazonas aumentou a crise no Paysandu, além de ampliar para nove jogos o número de partidas que o time não vence na Segundona. O Papão está flertando com a zona do rebaixamento e acabou desperdiçando uma boa chance de começar a respirar na competição e ganhar fôlego na luta contra o descenso.

O técnico Hélio dos Anjos, que voltou a ser bastante criticado pela torcida na Curuzu e nas redes sociais, continua prestigiado pela diretoria e afastou qualquer rumor de que estaria de saída. Na entrevista coletiva após o jogo, Hélio dedicou boa parte dela para atacar o ex-diretor executivo do clube, Ari Barros, expondo problemas de relacionamento entre ambos. A lavagem de roupa suja dominou a entrevista após o treinador avaliar a atuação do time.

Antes desse momento, Hélio disse lamentar o fato do Paysandu falhar nas finalizações sobretudo na primeira etapa, quando foi dominante, mesmo tomando um gol do time amazonense.

“Lamento que a bola não tenha entrado no primeiro tempo principalmente. No segundo tempo, você busca as alternativas, vem o desgaste emocional, a lucidez morre um pouquinho, mas a resposta não foi tão positiva. Não vamos sacrificar os jogadores. Buscamos todas as alternativas. Mas você perde a confiança para chutar no gol, faltou lucidez. O adversário aproveito uma chance, mais dois contra-ataques, mas dentro da normalidade. A bola está punindo porque é a fase. Não tem muita explicação. Podem questionar a mim, sou o responsável, os jogadores não. Muita gente não sabe o que eles fazem pra estar em campo. Aqui ninguém está relaxado. A dedicação foi extrema, mas a lucidez faltou”, disse Hélio, que chegou a mencionar que os adversários diretos do Paysandu contra a queda, Guarani e Ituano, estão crescendo num ritmo superior ao Paysandu.

“Nove jogos pesam, ninguém é idiota, nunca passei por isso com mais de 40 anos de carreira. Em 25 rodadas ficamos cinco na zona de rebaixamento da competição. É duro, a minha preocupação é que não crescemos como o Guarani, Ituano. Vem uma briga árdua, difícil”.