OPORTUNIDADES

Estudo aponta que 39% dos estagiários pertencem a Classe C

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

De acordo com estudo da Tendências Consultoria, a pedido do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, maior organização filantrópica de inclusão social e empregabilidade jovem do País, 39% dos estagiários do Brasil pertenciam à classe C em 2023. Os estagiários oriundos das famílias com renda mensal entre R$3,3 mil e R$8,0 mil são seguidos por estagiários das Classes D/E, que, por sua vez, representam 37,8% do contingente total e contam com renda mensal de até R$3,3 mil.

A série histórica do estudo também evidenciou a retomada dos estagiários das classes C e D/E aos níveis pré-pandemia em 2023. Entre 2019 e 2020, ápice da crise sanitária, o contingente somado desses grupos regrediram de 685,3 mil para 512,2 mil em apenas doze meses. Nos últimos anos este número foi se recompondo para voltar ao mesmo patamar.

Segundo o levantamento, a projeção é que o volume de estagiários no País cresça 3,7% na média de 2024, em comparação à média de 2023, e 4,5% na de 2025, quando atingirá a marca de 1 milhão de estudantes, o maior volume desde o início da série histórica da PNAD Contínua (IBGE), em 2012.

O cenário favorável é impulsionado por alguns fatores, entre eles, reforma trabalhista e reformas macroeconômicas para a expansão de empresas com CNPJ. Por último, os efeitos do trabalho remoto, como, flexibilidade, redução de custos e deslocamento. Apesar de ser em menor escala, no comparativo com economias avançadas, o modelo remoto ganhou espaço no Brasil.

Segundo Humberto Casagrande, CEO do CIEE, o estudo aponta a importância da experiência para a manutenção dos mais de 900 mil estagiários brasileiros. “O levantamento nos mostrou que o percentual de estagiários que são responsáveis pelos rendimentos do domicílio quase dobraram desde 2018, portanto, o estágio possibilita a permanência nos bancos escolares e as contas de casa”, afirma.