Série paraense “Condor” estreia em tevê do RS

Estreia nesta sexta-feira, 30, às 22h30, a série “Condor”, do paraense Roger Elarrat, que assina a direção e o roteiro do trabalho. A exibição será na TVE do Rio Grande do Sul. A transmissão poderá ser acompanhada pela internet. A série possui 10 episódios, que serão exibidos todas as sextas-feiras. Foram gravados no bairro que dá nome à produção, com locações em espaços conhecidos da região que ambientam a trama, como o Palácio dos Bares, o Bar do Gilson e a Praça Princesa Isabel.

A obra é uma produção da Visagem Filmes e foi protagonizada pela atriz paraense Anne Beatriz, natural de Igarapé-Miri, contando ainda com participações como a do ator Alberto Silva Neto, nome de destaque na cena teatral e no audiovisual paraense, e da atriz Manuela do Monte, conhecida de novelas da Rede Record e SBT.

Com equipes locais, “Condor” é um projeto premiado em Chamada Pública Ancine/Fundo Setorial do Audiovisual. A série foi gravada durante a pandemia, ainda seguindo protocolos de prevenção. Conta a história de Gabriela, que trabalha com a mãe em um ateliê de costura na periferia de Belém, mas sonha em viajar para longe desse lugar. Está sempre imersa em livros e pensamentos tão distantes quanto outros mundos de contos de ficção científica. Ao receber uma carta do pai que nunca conheceu, Briela, como é conhecida, põe em prática um plano para fazer uma viagem cruzando a América do Sul, rumo a Montevidéu. Enquanto se confronta com resistências em casa, ela se debruça em diários sobre sua própria história.

Atuante no cinema amazônico há 18 anos, à frente de roteiros e direção de programas de TV, séries e filmes, Roger Elarrat já participou do Festival de Cannes de 2012, com o curta “O Jambeiro do Diabo”, e já roteirizou e dirigiu, ao todo, 29 episódios em séries ficcionais para televisão, além de um longa-metragem ainda inédito.

Com “Condor”, são cerca de quatro horas para maratonar. “Muita gente se emociona ao assistir porque é um drama pesado, que acontece nessa Amazônia urbana periférica, tem uma carga emocional forte, não tem a leveza de uma comédia. A série mistura várias questões do bairro da Condor, então, tem o Palácio dos Bares, o Bar do Gilson, o Pássaro Junino, várias coisas desse universo.

A atriz Anne Beatriz conta que viveu o papel de Briela com muito entusiasmo. “Me dediquei bastante, estudando com afinco a personagem em mais de dois meses, para entender o percurso da Gabriela. É uma série grande, então, é como se fossem três filmes juntos”, explica Anne.