Pará

Lula anuncia Jader Filho como ministro das Cidades

Apoiado pelo presidente Lula, o ministro Jader Filho tem liderado o Minha Casa Minha Vida, para garantir moradia com dignidade. Foto: Reprodução
Apoiado pelo presidente Lula, o ministro Jader Filho tem liderado o Minha Casa Minha Vida, para garantir moradia com dignidade. Foto: Reprodução

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira, 29, o nome de Jader Barbalho Filho para o Ministério das Cidades. A indicação foi confirmada ontem (28), após reunião do presidente eleito com dirigentes do MDB. O anúncio dos novos nomes que vão compor a equipe ministerial do governo Lula ocorreu no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), sede da transição em Brasília. A posse de Jader Filho ocorrerá no dia 3 de janeiro, às 17h.

Presidente do MDB no Pará, Jader Filho foi escolhido pela bancada federal do MDB em Brasília. Ele conseguiu viabilizar a maior coligação política feita no Brasil, nas eleições de 2022, composta por 16 partidos: MDB, PT, União Brasil, PDT, PP, Republicanos, PSB, PSD, PSDB, Cidadania, PV, PC do B, PTB, Podemos, DC e Avante.

O empresário paraense conviveu, durante toda sua vida, com os maiores nomes da política nacional. Filho do senador e ex-governador do Pará, Jader Barbalho, e da deputada federal Elcione Barbalho, Jader Filho começou cedo suas andanças pelos municípios do Estado.

Ele participou ativamente das últimas campanhas majoritárias e proporcionais no território paraense. A indicação de seu nome foi feita pelo governador reeleito, Helder Barbalho, irmão caçula do futuro ministro das Cidades. “Acabamos de ter a última conversa depois de ouvir toda a bancada. O nome do Renan [senador eleito Renan Filho] já estava pacificado e agora decidimos indicar Jader Filho para o Ministério das Cidades”, disse o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL).

OUTROS NOMES

O anúncio dos futuros ministros busca contemplar a formação de uma base de apoio mais robusta no Congresso, com a inclusão de nomes de partidos como PSD, MDB e União Brasil, que ficaram com ministérios como Agricultura, Minas e Energia, Comunicações, Transportes e Pesca.

O PT ainda assegurou para si pastas como Desenvolvimento Agrário e a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, enquanto siglas aliadas no segundo turno, como PDT e PSol, ficaram com ministérios como a Previdência Social e Povos Indígenas.

As demais pastas foram preenchidas por Lula com personalidades de destaque em suas áreas ou pessoas de confiança do presidente eleito, como Gonçalves Dias, novo titular do Gabinete de Segurança Institucional. Por oito anos, o general Gonçalves Dias foi chefe da segurança pessoal de Lula.

Foram confirmadas também duas ex-candidatas à Presidência da República que embarcaram na campanha de Lula de maneira ativa: Marina Silva, que volta a preencher o Meio Ambiente, e Simone Tebet, que ficou com o planejamento.

Todos devem assumir seus postos em 1º de janeiro. “Esse pessoal vai começar a trabalhar e montar sua equipe, tudo isso certamente a partir de segunda-feira (2)”, disse Lula durante o anúncio, no Centro Cultura Banco do Brasil (CCBB) de Brasília. “Acho que a gente vai começar o governo trabalhando, não vamos começar o governo vendo como é que tá”, acrescentou.

Os nomes anunciados nesta quinta-feira (29) foram: Gonçalves Dias (GSI); Paulo Pimenta (Secom); Carlos Lupi (Previdência); Jader Filho (Cidades); Alexandre Silveira (Minas e Energia); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário); Juscelino Filho (Comunicações); Ana Moser (Esportes); Marina Silva (Meio Ambiente); Simone Tebet (Planejamento); Daniela Souza Carneiro (Turismo); Sônia Guajajara (Povos Indígenas); e Renan Filho (Transportes).

“Quero que vocês façam parte da história política desse país, de um momento em que tivemos essa coragem de assumir o Brasil numa situação extremamente delicada”, afirmou Lula a seus novos ministros, que o acompanharam durante o anúncio.

Lula acrescentou que ainda na primeira semana deve realizar uma primeira reunião de gabinete. Ele pediu aos novos ministros que sejam “democráticos” na montagem de suas equipes, garantido diversidade nos ministérios, e também que privilegiem nomes com qualificação técnica.

Primeiros nomes

Uma primeira lista com cinco nomes foi divulgada por Lula em 9 de dezembro, ainda antes de sua diplomação como presidente eleito. Nesse primeiro momento, ele era pressionado para divulgar os titulares de pastas como Fazenda e Defesa, de modo que pudessem já começar as articulações da nova administração.

Na ocasião, foram anunciados os ocupantes das pastas da Fazenda (Fernando Haddad), Defesa (José Múcio Monteiro), Relações Exteriores (Mauro Vieira), Justiça e Segurança Pública (Flávio Dino) e Casa Civil (Rui Costa).

Num segundo momento, Lula tentou abarcar nomes da sociedade civil e de partidos aliados que sustentaram sua campanha. Em 22 de dezembro, foram anunciados os titulares de 16 ministérios, incluindo personalidades como Margareth Menezes (Cultura) e Silvio Almeida (Direitos Humanos), bem como membros de partidos como o PCdoB, representada por Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), e PSB, com Marcio França (Portos e Aeroportos).

Fonte: Com informações de Luiza Mello e Agência Brasil